terça-feira, março 01, 2011

"Bruna Surfistinha" e o estado atual do cinema brasileiro

Anteontem, eu e minha namorada fomos ao cinema e assistimos ao filme "Bruna Surfistinha". Obviamente, não vou contar o final do filme, pois não sou estraga-prazeres. Devo dizer, para começo de conversa, que o filme vai muito além das cenas de sexo, que são muitas e bem fortes, mas é um filme que tem cenas de sexo por ser sobre a vida de uma prostituta, e não simplesmente por ser um filme brasileiro. O que quero dizer com isso é que, diferentemente dos filmes brasileiros dos anos 60, 70 e 80, este tem um motivo mais do que justo para conter cenas de sexo, mas não é só sexo. Este é o ponto.

Além disso, o filme em si é muito bem feito. A imagem é ótima, inclusive a fotografia. O som é ótimo, absolutamente nítido. A caracterização dos personagens foi feita na medida certa, sem estereótipos. Além disso, a própria história de vida de Raquel Pacheco (nome verdadeiro de Bruna) é inusitada, para dizer o mínimo: ela é filha adotiva de um casal sorocabano de classe média e tornou-se prostituta para poder ganhar a vida independente do orçamento doméstico, e também para sair de casa, é claro.

A carreira de Bruna teve altos e baixos, mas no fim ela acabou por tornar-se uma celebridade internacional, pois seu livro, "O Doce Veneno do Escorpião", já foi traduzido para 15 línguas".

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