domingo, outubro 31, 2010

Simpatias perigosas - parte 2

Num dado momento durante a conversa com a amiga da minha namorada, ela fez uma afirmação totalmente errada que eu custei um pouco para conseguir entender. Disse ela: "Apesar de o Fernando Henrique ser o pai do Plano Real, uma coisa que não se pode negar é que o Fernando Henrique criou a inflação, assim como a CPMF". Imediatamente, retruquei afirmando que quando Fernando Henrique foi Ministro da Fazenda do Presidente Itamar Franco, ele criou o Plano Real, o qual fez justamente o contrário, isto é, acabou com a inflação!

A moça não entendeu o que eu quis dizer, mesmo depois de eu ter repetido 3 vezes, e eu ainda complementei: "Você deve estar confundindo a inflação com algum imposto, pois você mencionou a CPMF também".

Chega a ser tragicômico quando uma cidadã aparentemente bem-informada comete um erro tão elementar de avaliação de um determinado governo, afinal de contas, é impossível que FHC tenha criado o Plano Real para liquidar a inflação e, simultaneamente, criado a inflação.

A cada dia que passa, está mais irritante conversar sobre política com brasileiros.

sábado, outubro 30, 2010

Simpatias perigosas

Ontem à tarde, passeei com minha namorada e com uma amiga dela quando, num dado momento, a moça puxou assunto falando de política. Ela disse que votou em Dilma Rousseff no primeiro turno mas que quase votou em Plínio de Arruda Sampaio, pois simpatizava fortemente com as idéias dele. Fiquei estarrecido ao ver uma jovem brasileira de classe média-alta simpatizar com um candidato que, se fosse eleito, eliminaria a propriedade privada e todo o conforto material pelo qual os pais dela tanto lutaram.

Se a família dessa moça pertencesse à burocracia estatal, eu até entenderia o fato de ela ser simpatizante de um candidato socialista como Plínio, afinal de contas, é normal que os membros da nomenklatura simpatizem com o estatismo proposto por um comunossauro como Plínio. Porém, a realidade da moça é bem outra: seu pai é dono de umas 4 pizzarias em Praia Grande, logo, é um empresário de médio porte, que certamente sofre com a carga tributária, decorrente da voracidade da nomenklatura. Se Plínio ganhasse as eleições, as pizzarias do pai da moça seriam estatizadas e ele seria mandado para a roça para cortar cana.

Como se já não bastasse tudo isso, mais tarde, enquanto nós jantávamos, a moça disse: "Eu não gosto do partido do Serra, pois é o partido dos ricos". Eu me segurei e tomei um grande gole de Coca-Cola, pois me deu vontade de lhe perguntar: "Minha filha, você acha que é pobre?"

É impressionante como tantos brasileiros que eu conheço não sabem nem sequer a qual classe social pertencem!

quinta-feira, outubro 21, 2010

A solidariedade entre irmãos de causa

Recentemente, um amigo meu que se relaciona com gente da alta política nacional me revelou que um marqueteiro amigo seu preparou para José Serra um dossiê com provas cabais do envolvimento de Dilma Rousseff em crimes ultra-hediondos praticados pelos grupos terroristas aos quais ela pertenceu e dos quais ela é cúmplice. Esse meu amigo disse que quando o tal marqueteiro apresentou toda aquela farta documentação a José Serra, ele se recusou a usá-la na sua campanha, bradando que iria "manter a ética no debate com Dilma".

Tais crimes são muito mais graves do que a corrupção petista, por exemplo, mas por que Serra insiste em não mostrar para o povo brasileiro que Dilma é, antes de tudo, uma guerrilheira cruel, terrorista e assassina? A única razão que eu consigo imaginar é o que meu pai me disse a esse respeito: provavelmente, Serra admira o "passado de lutas" de Dilma e não quer macular sua reputação para não ferir a "santidade" do movimento comunista brasileiro, o qual, assim como no resto do mundo, tem sempre dois andares, e é sempre o subsolo que comanda a superfície.

Enquanto os comunistas são amiguinhos, não há solidariedade grupal maior do que a deles.