segunda-feira, outubro 31, 2011

A visita da Rainha de Sabá ao Rei Salomão

Mudando um pouco de assunto, uma vez que geralmente eu falo sobre política (ou temas correlatos), vamos falar de religião - mais precisamente, de um livro que eu adoro: a Bíblia. A história a seguir, consta do capítulo 9 do 2o Livro de Crônicas, do Antigo Testamento. Para quem não conhece a história, vale a pena conhecer os detalhes da visita da Rainha de Sabá ao abençoado e sapientíssimo Rei Salomão de Israel, filho do também grande Rei Davi, Patriarca da Principal Família Real de Israel. Eis o texto das Escrituras:

2 Crônicas 9

A rainha de Sabá, ouvindo falar da fama de Salomão, veio a Jerusalém para prová-lo por meio de enigmas. Ela tinha um séquito considerável, camelos carregados de aromas, grande quantidade de ouro e de pedras preciosas. Quando da sua visita a Salomão, expôs-lhe tudo o que tinha no coração.

Salomão respondeu a todas as suas perguntas, e nada houve por demais obscuro que não pudesse solucionar.

Diante dessa sabedoria do rei, à vista da residência que tinha construído para si,

dos manjares de sua mesa, dos aposentos de seus servos, da habitação e vestes de seus domésticos, de seus copeiros e seus trajes, dos holocaustos que oferecia no templo do Senhor, a rainha de Sabá ficou enlevada de admiração.

É, pois, verdade, disse ela ao rei, o que tinha ouvido dizer, em minha terra, a respeito de tuas obras e de tua sabedoria.

Não queria dar fé a isso antes de vir e ver com meus próprios olhos. Pois bem, o que me tinham descrito não era sequer a metade de tua imensa sabedoria; ultrapassas tudo o que soube de ti pela tua fama!

Felizes os teus servos! Felizes esses servos que sempre estão diante de ti e ouvem tua sabedoria!

Bendito seja o Senhor, teu Deus, que te tomou como objeto de afeição, e te colocou no seu trono, como rei em nome do Senhor, teu Deus! É por causa de seu amor a Israel, e porque quer fazê-lo subsistir para sempre que te fez rei, para que faças reinar o direito e a justiça!

Em seguida, presenteou ao rei cento e vinte talentos de ouro, grande quantidade de aromas e pedras preciosas. Jamais se viram tantos aromas quantos os que a rainha de Sabá dera ao rei Salomão.

Os servos de Hirão e os servos de Salomão, que traziam o ouro de Ofir, trouxeram também madeira de sândalo e pedras preciosas.

Com essa madeira de sândalo o rei fez degraus para o templo do Senhor e para o palácio real, harpas e liras para os cantores. Nunca ainda se tinha visto semelhante madeira na terra de Judá.

O rei Salomão presenteou a rainha de Sabá com tudo o que ela sonhava ganhar, com muito mais do que ela havia trazido. Depois ela retomou com seus servos o caminho de sua terra.

O peso de ouro que Salomão recebia cada ano era de seiscentos e sessenta e seis talentos,

além do que lhe traziam os mercadores e traficantes. Todos os reis da Arábia, como os governadores locais, traziam a Salomão {um tributo} de ouro e prata.

O rei Salomão mandou fabricar duzentos escudos de ouro batido, para cada um dos quais utilizou seiscentos siclos de ouro batido;

e trezentos pequenos escudos de ouro batido, para cada um dos quais empregou trezentos siclos de ouro. O rei colocou-os no palácio do Bosque do Líbano.

Mandou também construir um grande trono de marfim, revestido de ouro puro.

Esse trono tinha seis degraus, com um escabelo de ouro fixado no trono. Nos dois lados do assento havia encostos flanqueados por leões.

Doze leões estavam colocados à direita e à esquerda, nos seis degraus. Nada de semelhante havia ainda sido feito em nenhum reino.

Todas as taças do rei Salomão eram feitas de ouro, e todo o vasilhame do palácio do Bosque do Líbano era de ouro puro. Nada era de prata, metal do qual no tempo de Salomão não se fazia caso algum.

Pois o rei tinha navios que iam a Társis com os servos de Hirão, e uma vez a cada três anos a frota voltava de Társis, carregada de ouro, prata, marfim, macacos e pavões.

Dessa maneira, por sua riqueza e sabedoria, o rei Salomão avantajava-se a todos os reis da terra,

e todos procuravam sua presença a fim de poderem ouvir a sabedoria que Deus lhe tinha infundido no coração.

Cada um lhe trazia anualmente seu presente: objetos de prata, objetos de ouro, vestimentas, armas, aromas, cavalos e mulos.

Salomão possuía cavalariças para quatro mil cavalos de carros e doze mil {cavalgaduras} para cavaleiros, que ele colocou nas cidades onde estavam abrigados seus carros assim como em Jerusalém, perto de si.

Ele dominava sobre todos os reis, desde o Eufrates até a terra dos filisteus e a fronteira do Egito.

Graças a ele, a prata tornou-se, em Jerusalém, tão comum como as pedras, e os cedros tão numerosos como os sicômoros da planície.

Era do Egito e de todas as terras que se importavam cavalos para Salomão.

O resto dos feitos de Salomão, dos primeiros aos últimos, está relatado no livro do profeta Natã, na profecia de Aías de Silo e nas visões do vidente Ado a respeito de Jeroboão, filho de Nabat.

O reinado de Salomão sobre todo o Israel durou quarenta anos, em Jerusalém.

Depois disso, Salomão adormeceu com seus pais e foi sepultado na cidade de Davi, seu pai. Seu filho Roboão sucedeu-lhe no trono.

sexta-feira, outubro 28, 2011

Uma negação profética de Demétrio Magnoli

Em setembro de 2009, durante um colóquio do Instituto Millenium, ao falar sobre os efeitos da crise financeira mundial na economia americana, o sociólogo Demétrio Magnoli fez uma profecia por meio de uma negação, isto é, ele disse que apesar de todos os problemas econômicos por que passavam os Estados Unidos, não se viu nenhuma vidraça de banco quebrada e nenhum banqueiro enforcado em Wall Street. Demétrio disse que isso não aconteceu por causa da democracia, pois ela possui, segundo ele, "a impressionante capacidade de absorver choques, e aí, eis que surge a presidência de Obama".

O que Magnoli não previu foi o desastre, a frustração, a nulidade do governo Obama, em praticamente todas as áreas, principalmente na geração de empregos. Outra coisa que Magnoli não previu foi o fato de que apesar de a democracia americana estar absolutamente intacta, milhares de cidadãos americanos ocuparam e permanecem acampados em Wall Street há mais de mês, vociferando contra tudo o que representa o sistema financeiro, principalmente os bancos, é claro.

Esse discurso um tanto romântico de que a democracia absorve todo e qualquer tipo de choques e convulsões sociais demonstrou-se excessivamente otimista, pois a situação sócio-econômica dos Estados Unidos é tão ineditamente desastrosa que a imprensa americana, ecoando o clamor do povo, vem se perguntando: "O que vem a ser o sonho americano? Qual o verdadeiro sentido desse sonho? Ainda é possível ´fazer a América´, tal como há 10 anos?"

De agora em diante, o principal exercício de futurologia que devemos fazer é: em que resultará a ocupação de Wall Street?

terça-feira, outubro 25, 2011

Agradecimento

Pessoal, gostaria de agradecer a todos vocês por me ajudarem a atingir os 2 milhões de acessos no meu canal do YouTube, conseguidos na semana passada. Conto com vocês agora para atingir os 3 milhões. Obrigado!

A propósito: para quem ainda não conhece, meu canal no YouTube é www.youtube.com/slagp51

sábado, outubro 01, 2011

O início de um processo benéfico e irreversível

A seguir, notícia publicada hoje no site da Folha de S. Paulo:

Plano libera uso de guarda privada em prisões e ônibus

DE SÃO PAULO

O governo federal quer permitir a contratação de empresas privadas para serviços de segurança armada em presídios, transportes coletivos e em eventos, como jogos de futebol e shows.

Chamado "estatuto da segurança privada", o projeto foi apresentado pelo Ministério da Justiça a empresas e sindicato do setor, informa a reportagem de Catia Seabra, publicada na Folha deste sábado (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Pela proposta, as empresas poderão atuar na segurança patrimonial dos presídios --inclusive para agente de muralha-- mas não assumiriam o papel de carcereiros.

Elaborado sob medida para realização dos Jogos Olímpicos e para a Copa, o texto atribui ao organizador de eventos a responsabilidade pela segurança interna nos estádios e praças de show.

A intenção seria liberar os PMs hoje dedicados à segurança de jogos e estádios.

A seguir, meus comentários:

Finalmente, o governo brasileiro está dando os primeiros passos numa coisa em que eu venho falando desde meus verdes anos: a privatização do sistema prisional. A exemplo de vários países europeus e de vários Estados americanos, o governo brasileiro finalmente percebeu que o modelo penitenciário estatal está falido já há muito tempo, e que a solução é contratar empresas de segurança armada para cuidar dos presídios e, conseqüentemente, aumentar o contingente da PM na rua, pois lugar de PM é na rua, não no quartel, e nem na cadeia.

A propósito: o próximo passo do processo será trocar os carcereiros estatais por carcereiros que sejam funcionários das empresas de segurança armada.