domingo, novembro 28, 2010

Nem toda restrição a estrangeiros é xenofobia

Abaixo, notícia publicada no UOL, mais precisamente no canal Opera Mundi:

28/11/2010 - 18:19 | Thaís Romanelli | São Paulo

Suíços aprovam em referendo expulsão de estrangeiros condenados pela Justiça


Os suíços aprovaram em referendo neste domingo (28/11) proposta para deportar estrangeiros condenados pela Justiça. A lista de crimes inclui porte de armas, drogas, estupro e assassinato, entre outros, mas também crimes menores, como sonegação de impostos. A medida foi proposta por partidos de direita e ocorre um ano depois de um outro referendo proibir a construção de minaretes muçulmanos no país, medida que gerou forte polêmica internacional.

De acordo com os números divulgados, 52,9% dos votos foram a favor da medida, e 47,1%, contra. O governo suíço elaborou uma contra-proposta que também resultava na expulsão de condenados, mas que levava em conta a gravidade do crime e os antecedentes dos criminosos. Essa proposta foi, no entanto, rejeitada.

O governo suíço teme que a aprovação da medida tenha uma má repercussão na comunidade internacional e que aumente os atritos com a União Europeia, da qual a Suíça não é integrante, mas com quem mantém uma série de acordos - por exemplo, o que garante a estadia de cidadãos de países membros da organização no país sem autorização especial.

Com a aprovação da medida, fica prevista ainda a expulsão de estrangeiros que abusam da ajuda social ou da seguridade social. Para todos os casos, a pessoa precisa ser condenada antes de ser expulsa. Em caso de expulsão, haveria interdição de entrar na Suíça por um período de 5 a 15 anos, dependendo do caso, e por 20 anos em caso de reincidência, um dos pontos mais criticados pela União Europeia, para quem a prática contraria o acordo bilateral sobre a livre circulação das pessoas.

Atualmente, mais de 20% da população da Suíça é estrangeira. As estatísticas oficiais dão conta de um aumento das condenações de estrangeiros nos últimos anos.

A seguir, meus comentários:

Essa matéria é extremamente tendenciosa, pois além de dar a entender que todo e qualquer partido europeu de direita é xenófobo por definição, insinua que é errado ou até desumano deportar estrangeiros condenados por crimes, mesmo em se tratando de crimes supostamente menores.

Quanto à proibição da construção de minaretes no território suíço, por mais questionável que essa lei seja, os países cristãos são muito mais respeitosos para com os muçulmanos e o islã do que os países muçulmanos o são em relação a toda e qualquer religiosidade não-islâmica. Na Arábia Saudita, qualquer cristão que saia na rua com um crucifixo no pescoço vai para a cadeia. No caso da Suíça, proibir minaretes é algo até suave, pois certamente a manifestação pública da fé islâmica continuará sendo livre.

Assim como o próprio Brasil já deportou estrangeiros condenados, a Suíça tem todo o direito de fazer o mesmo. E tem mais: segundo o referendo, o tempo máximo em que os estrangeiros deportados não poderão voltar a pisar na Suíça é de 20 anos. Pois é até pouco, pois nos Estados Unidos, por exemplo, o tempo em que os estrangeiros deportados não podem voltar a pisar em solo americano geralmente é o resto da vida, sem contemplação. E no caso dos Estados Unidos, estrangeiros que não são bandidos mas que mentem para tentar conseguir o visto americano também são proibidos de pisar em solo americano pelo resto de suas vidas, novamente, sem contemplação.

Se um estrangeiro entra no Brasil e é preso e condenado por porte de armas e/ou drogas ou por estupro ou assassinato, ele deve ser deportado o quanto antes, para comer às custas do sistema prisional do seu país de origem.

O governo suíço está montado na razão e não tem que dar bola para o que a ONU e nem tampouco a União Européia dizem, até porque a Suíça não é um país-membro da União Européia, e se algum estrangeiro de um país-membro for condenado por um crime, ele deve ser deportado, pois os estrangeiros europeus condenados devem ter o mesmo tratamento dos estrangeiros condenados do resto do mundo, pois uma coisa é a Suíça ter acordos com a União Européia; outra coisa é a Suíça permitir que a baderna que está rolando nos países-membros se prolifere dentro do seu território, ainda mais em se tratando de um país tradicionalmente neutro.

O governo suíço seria xenófobo se deportasse estrangeiros que não são bandidos, mas em se tratando de estrangeiros condenados, o governo suíço está tomando uma atitude patriótica e muito corajosa, pois está remando contra a maré do politicamente correto.

sábado, novembro 06, 2010

Simpatias perigosas - parte 3

Lembrei-me de mais uma coisa: durante o papo com os pais da amiga da minha namorada, estávamos assistindo ao último debate entre Dilma e Serra, dois dias antes do segundo turno, quando de repente, a mãe da moça, que havia votado em Dilma no primeiro e que disse que votaria em Serra no segundo, afirmou, estupefata: "Eu não sabia que o Zé Dirceu estaria por trás da Dilma durante a campanha e no governo, caso ela ganhe." Ao que eu retruquei: "Mas é claro! O Zé Dirceu trabalha para o PT 24 horas por dia, independente do candidato do momento. O Zé Dirceu jamais se afastou e jamais se afastará do PT, pois seria o equivalente ao Pelé se afastar do Santos, ou ao Papa deixar de ser católico." E os pais da moça ainda riram disso.

Mau sabem esses dois cidadãos de classe média-alta que o PT não é um partido político comum, pois seus membros são soldados de uma causa que não admite interrupções ou intervalos de qualquer tipo. Os petistas não são políticos ocasionais, ora! Eles são políticos profissionais, isto é, vivem de fazer política em prol do PT.

É impressionante não apenas a memória curta, mas também, e muito mais, a ingenuidade do eleitorado brasileiro, inclusive, como se pode constatar, das classes mais altas da sociedade.

Um bispo brasileiro à moda antiga

D. Eugênio: "Bandido não deve ser tratado como cidadão"

Ex-arcebispo do Rio, que completa 90 anos, diz ser possível haver entendimento com evangélicos, "mas não com todos"

D. Eugênio Sales:
FOLHA DE S. PAULO

Sábado, quando a Catedral Metropolitana do Rio abrir as portas para uma missa em homenagem aos 90 anos do cardeal Eugenio de Araújo Sales, os fiéis vão encontrar uma pessoa diferente da que comandou a Arquidiocese do Rio por 30 anos (de 1971 a 2001).

O homem sisudo, de voz e passos firmes, deu lugar a um senhor que caminha com dificuldade, fala baixo e ri.

Suas ideias, contudo, não mudaram. Diz que bandido deve ser tratado como bandido, não como cidadão.

Incomodava ser chamado de tradicionalista enquanto, durante a ditadura, o sr. ajudou entre 4.000 e 5.000 perseguidos políticos a sair do país?

Eu não achava bom ser chamado de tradicionalista. Mas continuava meu trabalho da mesma forma.

O sr. ligou mesmo para o então ministro do Exército, general Sylvio Frota [ministro do presidente Ernesto Geisel, de 1974 a 1977], e disse: "Se receber a comunicação que estou protegendo comunistas no Palácio [São Joaquim, sede da arquidiocese], saiba que é verdade"?

Disse, mas não para agredir. Estava revelando amizade, mas independência também. Não houve reação negativa dele. Uma vez fui chamado para receber a Medalha do Pacificador [concedida pelo Exército], mas não quis porque a situação era muito difícil. Frota entendeu que não fazia aquilo como afronta. Eles sabiam que eu não era comunista.

Hoje temos a questão da violência, do tráfico. Qual o papel da igreja nesse cenário?

O mesmo daquela época. Por mais de uma vez bandidos armados pararam meu carro quando eu subia para o Sumaré [região do alto da floresta da Tijuca]. Quando viram que eu estava no carro, mandaram seguir. Depois disso, sempre passo com as luzes internas acessas.
É sempre um susto. Eles conhecem o carro e procuram esconder armas. Entendo o sofrimento deles, mas isso não justifica seus atos.
Bandidos têm que ser tratados como bandidos, não como cidadãos. Bandido tem direitos humanos. Não tem direito de ser bandido, mas não pode ser injustiçado.

A seguir, meus comentários:

Hoje em dia, são pouquíssimas as autoridades da Igreja Católica brasileira que batem de frente com os bandidos, colocando-os no seu devido lugar. D. Eugênio é um bispo à moda antiga, que rejeita com veemência o relativismo moral que faz com que os bandidos e os cidadãos decentes sejam todos nivelados, sendo que muitas vezes os bandidos acabam tendo mais direitos do que os cidadãos de bem. O arcebispo é uma voz corajosa dentro do Clero brasileiro, pois, como já disse, rejeita o relativismo moral imposto pela Teologia da Libertação.

Obs.: durante a ditadura militar, D. Eugênio ajudou cerca de 5 mil perseguidos políticos a sair do Brasil. Pois bem, até aí, nada demais, pois ele cumpriu o seu papel de sacerdote. Porém, você acha que se a situação fosse contrária, isto é, se o Brasil tivesse vivido sob uma ditadura comunista, alguma autoridade ajudaria os perseguidos políticos, inimigos do comunismo, a sair do Brasil? Claro que não, não é mesmo? E sabe por quê? Por que existe uma diferença ontológica entre os comunistas e as pessoas normais, pois nós, isto é, as pessoas normais, temos caráter e sentimos compaixão, remorso, além de estabelecermos limites para as transgressões que possamos vir a cometer.

domingo, outubro 31, 2010

Simpatias perigosas - parte 2

Num dado momento durante a conversa com a amiga da minha namorada, ela fez uma afirmação totalmente errada que eu custei um pouco para conseguir entender. Disse ela: "Apesar de o Fernando Henrique ser o pai do Plano Real, uma coisa que não se pode negar é que o Fernando Henrique criou a inflação, assim como a CPMF". Imediatamente, retruquei afirmando que quando Fernando Henrique foi Ministro da Fazenda do Presidente Itamar Franco, ele criou o Plano Real, o qual fez justamente o contrário, isto é, acabou com a inflação!

A moça não entendeu o que eu quis dizer, mesmo depois de eu ter repetido 3 vezes, e eu ainda complementei: "Você deve estar confundindo a inflação com algum imposto, pois você mencionou a CPMF também".

Chega a ser tragicômico quando uma cidadã aparentemente bem-informada comete um erro tão elementar de avaliação de um determinado governo, afinal de contas, é impossível que FHC tenha criado o Plano Real para liquidar a inflação e, simultaneamente, criado a inflação.

A cada dia que passa, está mais irritante conversar sobre política com brasileiros.

sábado, outubro 30, 2010

Simpatias perigosas

Ontem à tarde, passeei com minha namorada e com uma amiga dela quando, num dado momento, a moça puxou assunto falando de política. Ela disse que votou em Dilma Rousseff no primeiro turno mas que quase votou em Plínio de Arruda Sampaio, pois simpatizava fortemente com as idéias dele. Fiquei estarrecido ao ver uma jovem brasileira de classe média-alta simpatizar com um candidato que, se fosse eleito, eliminaria a propriedade privada e todo o conforto material pelo qual os pais dela tanto lutaram.

Se a família dessa moça pertencesse à burocracia estatal, eu até entenderia o fato de ela ser simpatizante de um candidato socialista como Plínio, afinal de contas, é normal que os membros da nomenklatura simpatizem com o estatismo proposto por um comunossauro como Plínio. Porém, a realidade da moça é bem outra: seu pai é dono de umas 4 pizzarias em Praia Grande, logo, é um empresário de médio porte, que certamente sofre com a carga tributária, decorrente da voracidade da nomenklatura. Se Plínio ganhasse as eleições, as pizzarias do pai da moça seriam estatizadas e ele seria mandado para a roça para cortar cana.

Como se já não bastasse tudo isso, mais tarde, enquanto nós jantávamos, a moça disse: "Eu não gosto do partido do Serra, pois é o partido dos ricos". Eu me segurei e tomei um grande gole de Coca-Cola, pois me deu vontade de lhe perguntar: "Minha filha, você acha que é pobre?"

É impressionante como tantos brasileiros que eu conheço não sabem nem sequer a qual classe social pertencem!

quinta-feira, outubro 21, 2010

A solidariedade entre irmãos de causa

Recentemente, um amigo meu que se relaciona com gente da alta política nacional me revelou que um marqueteiro amigo seu preparou para José Serra um dossiê com provas cabais do envolvimento de Dilma Rousseff em crimes ultra-hediondos praticados pelos grupos terroristas aos quais ela pertenceu e dos quais ela é cúmplice. Esse meu amigo disse que quando o tal marqueteiro apresentou toda aquela farta documentação a José Serra, ele se recusou a usá-la na sua campanha, bradando que iria "manter a ética no debate com Dilma".

Tais crimes são muito mais graves do que a corrupção petista, por exemplo, mas por que Serra insiste em não mostrar para o povo brasileiro que Dilma é, antes de tudo, uma guerrilheira cruel, terrorista e assassina? A única razão que eu consigo imaginar é o que meu pai me disse a esse respeito: provavelmente, Serra admira o "passado de lutas" de Dilma e não quer macular sua reputação para não ferir a "santidade" do movimento comunista brasileiro, o qual, assim como no resto do mundo, tem sempre dois andares, e é sempre o subsolo que comanda a superfície.

Enquanto os comunistas são amiguinhos, não há solidariedade grupal maior do que a deles.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Republicação

Republico abaixo um texto do meu extinto blog anterior que guardei devidamente arquivado numa pasta do meu computador e que mantive praticamente inédito durante anos por razões absolutamente insondáveis:

AÍ TEM COISA...

Durante uma aula na faculdade de jornalismo, um colega meu estava comentando reportagens da revista Veja que falavam sobre a história do PT, cujas monstruosidades vão muito além da corrupção, quando, de repente, o professor, petista literalmente de carteirinha, ex-assessor de imprensa do ex-prefeito Luca, de São Vicente, rebateu: "Mas a Veja tem uma história horrorosa!", em vez de desmentir as acusações da revista. Depois, pensando sobre a declaração do professor, concluí: aí tem coisa... Creio que há algo de errado nisso tudo, por um motivo muito simples: quando alguém é acusado de um crime, pessoal ou grupalmente, e em vez de desmentir as acusações, se empenha em desqualificar o acusador, isso é sinal de que esse alguém sabe que "tem culpa no cartório" e não quer nem tentar se defender diretamente porque sabe que isso pode obrigá-lo a exumar fatos a respeito de assuntos incômodos que devem ser deletados da memória de todos para o bem dele, do seu grupo e da sua causa, sejam eles quem forem.

sexta-feira, agosto 06, 2010

Aldo Rebelo e os estrangeirismos em Cuba

Já faz vários anos que Aldo Rebelo, deputado federal pelo PCdoB de São Paulo, apresentou um projeto de lei que previa multas a comerciantes que empregassem estrangeirismos em anúncios. As multas, que por si só já são uma extravagância, chegam ao preciosismo de centavos e seriam aplicadas a comerciantes que usassem palavras como sale, off ou delivery, por exemplo.

Há algumas semanas, estive em Havana e pude ver carrinhos de pipoca em que estava escrito pop corn. Apesar de ser minha primeira visita a Cuba, meu pai, que havia estado na ilha pela última vez há 12 anos, me garantiu que naquela época os carrinhos de pipoca não contavam com esse "estrangeirismo imperialista", como diria o nobre deputado Rebelo.

Apesar de ser anticomunista até a médula, confesso que sinto um certo dó pelo fim do socialismo em Cuba, pois esse tipo de estrangeirismo denota isso. Por outro lado, seria interessante que o deputado do Partidão levasse pessoalmente o seu projeto de lei para o parlamento cubano, chamado oficialmente de Assembléia Nacional do Poder Popular, para a devida apreciação da peça pelos seus colegas do PCC - Partido Comunista de Cuba, o único partido permitido na ilha. Eu gostaria muito de ver Aldo Rebelo passeando pelas ruas de Havana e vendo, como eu vi, carrinhos de pipoca com os dizeres pop corn, faixas em casas com os dizeres room for rent, faixas de keep out na rua etc. Será que o Coma Andante já tomou conhecimento disso?

domingo, agosto 01, 2010

Quer emagrecer? Dieta cubana!

Não são poucos os brasileiros que acreditam que o socialismo é um sistema justo. Dezenas de milhões de brasileiros acreditam que o socialismo é um projeto de sociedade que ainda há de triunfar. Porém, são poucos os brasileiros que têm pelo menos uma vaga noção de como o socialismo funciona quando aplicado na prática, tal como Papai Marx planejou.

Um bom exemplo de como o socialismo é aplicado na prática é a dieta à qual os cidadãos cubanos comuns são submetidos diariamente. Abaixo, eis a lista de alimentos e objetos de higiene que cada família cubana recebe do governo no começo do mês:

2kg de arroz
2kg de feijão
1 litro de óleo
1kg de café
1 frango
5 ovos

Essa comida é complementada com um pão por dia, que os cubanos retiram em barracas espalhadas pela cidade ao apresentarem suas livretas de racionamento, o que vale também para retirar a comida da lista acima.

No caso da higiene, o governo faz uma distribuição alternada: num mês, entrega um sabonete para as pessoas tomarem banho; no mês seguinte, entrega sabão em pedra para as pessoas lavarem a roupa.

Eu considero a livreta de racionamento um dos símbolos maiores do socialismo quando aplicado na prática, pois a grande maioria dos brasileiros acredita que quando um país é socialista os cidadãos têm acesso a bastante comida, quando na verdade a população é submetida a um racionamento permanente.

Quando estive em Havana, conheci um cidadão que me disse que essa "ração" é tão minguada que quando chega o dia 15 do mês, já acabou tudo, e aí as pessoas têm que recorrer ao mercado negro para sobreviver e sustentar suas famílias.

Esse relato é feito com profundo respeito ao povo cubano, que apesar do sofrimento e da falta de liberdade, é um povo alegre e muito hospitaleiro com quem os visita. Também, isso é uma demonstração da realidade do regime socialista quando aplicado na prática.

sábado, julho 31, 2010

Cartão de crédito para o além

Recentemente, a Credicard mandou uma proposta de cartão de crédito para a minha bisavó, Ana Jesus Pereira, mãe de meu avô paterno, acreditando que ela ainda mora no número 818 da Av. Cons. Nébias, no bairro do Boqueirão.

Sugiro à Credicard que tente entrar em contato com a minha bisavó no seu novo endereço: Rua Amador Bueno, Cemitério do Paquetá. Acontece que a minha bisavó morreu há mais de 30 anos. Pode ser que ela tenha interesse em ter um cartão para usar no além.

terça-feira, julho 27, 2010

Em ambos os mundos, obra de arte tem preço

Certa vez, um professor de uma universidade em que estudei gastou uma aula inteira de 100 minutos para explicar a seguinte afirmação, proferida por ele mesmo: "Na sociedade capitalista, uma das poucas coisas que não têm preço é a obra de arte". Por mais absurdo que isso possa parecer, essa era a tese defendida pelo infame professor.

Quando estive em Cuba, houve um momento em que eu estava assistindo à televisão local quando, de repente, a emissora exibiu uma reportagem sobre uma exposição de arte cubana ocorrida em Havana na qual os preços das obras de arte foram considerados baratos e, portanto, acessíveis à população.

Você percebeu o que foi dito pela reportagem da TV cubana? Se até em Cuba, no mundo socialista de Fidel Castro, obra de arte tem preço, no mundo capitalista certamente há também. A bem da verdade, o único mundo em que obra de arte não tem preço é o mundo imaginário delirante da cabecinha oca desse professor.

domingo, julho 25, 2010

A vitória do papel higiênico sobre o socialismo

Em várias ocasiões, um conhecido meu expôs uma teoria sua sobre a incompatibilidade entre o socialismo e o papel higiênico. Dizia ele que em todos os países comunistas em que esteve, sempre havia, invariavelmente, escassez de papel higiênico.

Na minha primeira visita a Cuba, que foi a enésima do meu pai, ele me disse que pela primeira vez havia bastante papel higiênico, o que me faz pensar que, segundo a teoria do meu conhecido, uma vez que o comunismo e o papel higiênico são incompatíveis, pode-se dizer que o papel higiênico finalmente triunfará sobre a Revolução Cubana e que o paraíso socialista jamais chegará a se materializar nesta belíssima e importante ilha do Caribe.

domingo, julho 04, 2010

Cãominhada e direito de ir e vir

A priori, a iniciativa santista de organizar uma caminhada na Avenida da Praia das famílias que têm cachorros é louvável, justamente porque se trata de um evento que valoriza a família, além de servir como marca e marketing de Santos.

Todavia, quem mora na Avenida da Praia tem suprimido o seu direito de ir e vir devido ao fato de que as autoridades fecham as duas pistas da Avenida para o evento. Se em outros eventos, tais como o triatlo, apenas a pista do lado da praia é interditada, por que, durante a Cãominhada, são interditadas as duas pistas?

Não se deve comprometer um bom evento com o exagero. Nesse caso, fechar as duas mãos da Avenida da Praia é uma extravagância que atrapalha a vida de muita gente.

quarta-feira, junho 16, 2010

Bandeira do Brasil não só na Copa!

Quando chega a Copa do Mundo, nós brasileiros colocamos a Bandeira do Brasil na janela de casa, na janela do carro, hasteada no mastro do prédio etc. Porém, quando a Copa do Mundo acaba, nós removemos a Bandeira do Brasil de onde ela foi colocada com tanto carinho para torcer pela Seleção.

Esse fenômeno demonstra que a grande maioria dos brasileiros acredita que exibir a Bandeira do Brasil em público é uma extravagância restrita à Copa do Mundo, a cada 4 anos. O que as pessoas se esquecem é que nós somos brasileiros todos os anos, o ano inteiro, todo dia.

Quando essa Copa acabar, não retire a Bandeira do Brasil de onde você a colocou. Mantenha a Bandeira onde ela está e, quando olhar para ela, pense no futuro do Brasil.

sábado, junho 12, 2010

Agradecimento

Pessoal,

Gostaria de agradecer a todos que já acessaram o meu canal no YouTube: www.youtube.com/slagp51

Na última sexta-feita, dia 11 desse mês, meu canal alcançou a marca de mais de 1 milhão de visitantes.

Abraços a todos.

Sérgio Pereira

segunda-feira, maio 31, 2010

Manchete tendenciosa da BBC Brasil

A seguir, matéria da BBC Brasil:

31/05/2010 - 19h26
Com medo de nova lei de imigração, hispânicos evitam sair de casa no Arizona


Há 14 anos a comerciante Ofélia Medina, de 60 anos, passa seus sábados e domingos atrás de um dos estandes do El Gran Mercado, um mercado de pulgas no sul de Phoenix que costuma ser um dos mais movimentados da capital do Arizona.

Nas últimas semanas, porém, Ofélia viu os fregueses desapareceram.

"Desde que a lei passou, calculo que entrem no máximo umas 200 pessoas por fim de semana. Antes, eram milhares", disse a comerciante à BBC Brasil, referindo-se à nova lei de imigração do Arizona.

A lei foi assinada pela governadora Jan Brewer em 23 de abril e torna crime estadual a presença de imigrantes ilegais, além de dar à polícia o poder de parar, revistar e exigir documentos de qualquer pessoa sobre a qual paire "suspeita razoável".

A legislação só deve entrar em vigor em 29 de julho, mas desde seu anúncio tem provocado temor entre os hispânicos que vivem no Arizona, muitos dos quais estão ilegalmente nos Estados Unidos.

"As pessoas não vêm porque a maioria dos nossos clientes são indocumentados e têm medo de sair à rua. Com esta lei que passou, que permite à polícia pará-los e investigá-los, eles têm medo", diz Ofélia.

"Quase todos estão ilegais. Não têm documentos, estão violando a lei", afirma. "Alguns não têm trabalho, e os que têm trabalho não vêm para não ser pegos." Mudança Mexicana de Zacatecas, Ofélia chegou aos Estados Unidos há 40 anos, com o marido, atravessando a fronteira ilegalmente, como muitos de seus clientes.

Alguns anos depois, conseguiu regularizar sua permanência no país, e hoje é cidadã americana.

Sua situação, porém, não é a regra entre os moradores e frequentadores da zona sul de Phoenix.

"Estamos com muito medo", diz a mexicana Mayra Zambrano, 22 anos. "Não temos documentos." Mayra deixou sua terra natal, Zacatecas, aos seis anos de idade. Ao lado da mãe, do pai e dos dois irmãos atravessou o deserto para chegar aos Estados Unidos.

"Viemos em busca de melhores condições", diz. Desde que chegou ao país, seu pai trabalhou em vários empregos informais, como jardineiro e carpinteiro. A mãe, em uma lavanderia.

O anúncio da nova lei, porém, já alterou a rotina da família. Assim como vários outros imigrantes ilegais, Mayra diz que sua família tem sido mais cautelosa, evitando sair de casa desnecessariamente, com medo de ser alvo da polícia.

"Assim que a lei entrar em vigor, eu e minha família vamos deixar o Arizona", afirma. O destino mais provável, diz ela, será o Estado vizinho do Novo México.

"É muito triste. Eu queria ter os documentos. Queria poder ter um bom emprego, cursar uma faculdade", diz.

Estandes vazios Segundo comerciantes e frequentadores mais antigos, os corredores do El Gran Mercado são um retrato dos temores da comunidade latina de Phoenix.

Neste domingo, somente uma pequena área estava ocupada por estandes.

Poucas pessoas, a maioria famílias com crianças, circulavam pelos corredores. No estacionamento, sobravam vagas.

O comerciante Juan Rivas, dono de um estande de botas e roupas de couro, diz nunca ter visto o mercado tão vazio como nas últimas semanas.

"A crise já havia provocado uma queda no movimento. Com a nova lei, a situação piorou", diz Rivas.

Ofélia, que ajuda no sustento da família com a venda de doces e brinquedos no mercado aos fins de semana, diz que sua renda caiu 80% desde o anúncio da lei.

"Depois de pagar o aluguel (do estande), não sobra nada."


A seguir, meus comentários:

Essa manchete da BBC Brasil é tendenciosa, pois dá a entender que todo e qualquer hispânico que mora no Arizona está com medo da nova lei sobre imigração, o que obviamente não é verdade. No corpo da matéria, o próprio jornalista que a escreveu (e que não se identificou) deixou claro que quem está com medo são os imigrantes ilegais, na sua maioria hispânicos, é verdade.

Certamente, os únicos hispânicos que estão evitando sair na rua são os imigrantes ilegais. E mais: se a quantidade de hispânicos que estão evitando sair na rua é grande, isso se deve ao fato de que os hispânicos em situação ilegal no Arizona certamente são dezenas de milhares.

Os anti-americanos que me desculpem, mas neste caso as autoridades do Arizona têm razão. Se esse problema afetasse o Brasil, eu não teria nenhuma pena dos imigrantes ilegais. Quem tem o direito de morar no meu país são os imigrantes legalizados. Nos Estados Unidos, não haveria de ser diferente.

quinta-feira, maio 27, 2010

Via expressa na Ana Costa

A faixa exclusiva para ônibus da Av. Ana Costa, que atualmente vigora das 17h às 20h no sentido Centro-Praia, deveria vigorar o dia inteiro, pois há muitos veículos que são estacionados nesta faixa e lá deixados pelos seus donos. Mesmo que os donos sejam multados e seus veículos sejam guinchados, este problema nunca vai terminar, pois mesmo se os motoristas multados não mais estacionarem seus carros lá, sempre haverá outros para fazê-lo e atrapalhar o trânsito da Ana Costa, que deveria ser uma via expressa de fato, pois ela recebe um grande número de veículos que vão da cidade para a praia e que chegam de fora da cidade para dentro dela.

Exército e FAB são alvos de hipocrisia do MP

A seguir, matéria publicada no blog do jornalista Fernando Rodrigues, do Portal UOL:

10h22 - 27/05/2010
Exército e Aeronáutica vetam desdentados, baixinhos e portadores de HIV

Ministério Público Federal considera essas práticas “discriminatórias” e tenta derrubá-las na Justiça


O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) considerou como “discriminatórias” práticas usadas pelo Exército e pela Aeronáutica na seleção de seus ingressantes e encaminhou à Justiça duas ações civis públicas contra as corporações.

Nas ações, o MPF quer proibir as Forças Armadas de vetar o ingresso em seus quadros de portadores de HIV, de grávidas e de pessoas sem a altura e o número de dentes naturais exigidos pelos regulamentos, informa o repórter do UOL Fábio Brandt.

Em nota, o Ministério Público afirmou ter solicitado “a suspensão imediata de vários itens de normas internas do Exército e da Aeronáutica que autorizam a exigência desses critérios abusivos em inspeções de saúde realizadas para admissão e permanência nos quadros das Forças Armadas”.

Argumentos

Como a AIDS e outras doenças infecto-contagiosas não são transmitidas pelo convívio social e nem sempre atrapalham o desempenho da função, o MP considera que “nada justifica a exclusão sumária dos candidatos soropositivos dos concursos para as carreiras do Exército e da Aeronáutica”.

Para a autora das ações, Luciana Loureiro, procuradora regional dos Direitos do Cidadão no DF, o teste obrigatório é proibido pela Portaria Interministerial 869/1992 (dos ministros da Saúde, do Trabalho e da Administração). Por isso, o procedimento dos militares seria ilegal.

A procuradora qualificou como “meramente estéticos” os seguintes critérios de seleção: altura mínima (1,60m para homens e 1,55m para mulheres); ausência de cáries e lesões que comprometem a estética e a mastigação; ter ao menos 20 dentes naturais; não ter tatuagens e não ser hermafrodita.

“Os requisitos de saúde para ingresso nas carreiras militares devem seguir critérios objetivos, estabelecidos conforme a natureza e a complexidade dos cargos, não cabendo a exclusão de candidatos por razões meramente estéticas ou por puro preconceito”, destaca a nota do MPF.

O veto ao ingresso de grávidas também é preconceituoso, de acordo com Luciana, porque as exclui da seleção, mesmo quando aprovadas nos testes de capacidade física. Além disso, “a mesma restrição não acontece com militares da ativa”, justifica a procuradora.

A seguir, meus comentários:

Desde quando as forças armadas têm que permitir o ingresso de candidatos aidéticos, desdentados, homossexuais e baixinhos para a carreira militar?

No caso dos aidéticos, imagine a seguinte situação: durante uma operação de combate, um soldado aidético é ferido e sangra, contaminando seus companheiros. Isso seria bom para a tropa, por acaso?

No caso dos homossexuais, imagine a seguinte situação: um soldado travesti, todo maquiado e transformado, rebola durante os desfiles e paradas militares e, durante operações de combate, reclama que não pode atirar porque isso tiraria o esmalte de suas unhas. Isso seria bom para a tropa, por acaso? Ou pior: qual seria a autoridade de um capitão, coronel ou até general que se desmunheca todo na hora de dar as ordens e marchar com a tropa?

No caso dos baixinhos, qual seria a eficiência de um soldado que mede menos de 1,60m? A passada dele seria muito curta para eventuais marchas forçadas, e ele acabaria ficando para trás. Além disso, como ele pilotaria um tanque ou um avião com eficiência sendo atarracado?

No caso dos desdentados, imagine o custo com ortodontia que as forças armadas teriam com um soldado banguela ou todo careado. Como ele conseguiria comer adequadamente o rancho?

No caso dos tatuados, como pode ser aprovado um candidato que é um verdadeiro gibi ambulante? Qual seria a sua moral perante a tropa? Imagine um marechal todo tatuado. Impõe respeito?

Em suma, o pessoal do Ministério Público está se esquecendo de um detalhe fundamental: as forças armadas são instituições voltadas para o combate e a preservação da segurança nacional. Assim sendo, não pode entrar qualquer um, logo, os critérios de admissão têm que ser rígidos.

terça-feira, maio 25, 2010

Sinal dos tempos

De uns tempos para cá, começaram a surgir várias iniciativas governamentais orientadas no sentido de premiar os melhores professores da rede pública, em outras palavras, a prática da meritocracia, coisa que já não é mais novidade na iniciativa privada.

No caso do Governo do Estado de São Paulo, o ainda Governador José Serra instituiu um bônus para os professores do Estado cujas classes conseguirem as melhores notas, em outras palavras, aumento por mérito.

Na esfera federal, o MEC instituiu uma prova para os futuros professores da rede pública, tanto do ensino fundamental quanto do ensino médio. O exame em questão vai selecionar apenas os melhores, tal como a iniciativa do governo paulista.

Como sói ser o caso, muitos marxistas ranzinzas estão esperneando devido ao fato de que nem todos os professores serão contemplados com benefícios, em ambos os casos. Mais uma vez, por trás de um discurso antiquado em prol da igualdade até as últimas conseqüências, os comunistas de plantão estão querendo nivelar todo mundo por baixo, procedimento este que estimula a mediocridade e sacrifica os resultados no altar de uma ideologia falida e criminosa.

Gradativamente, a meritocracia está sendo aplicada no setor público, à revelia dos protestos dos sindicalistas mais radicais, que acham que todos os membros da categoria dos professores devem ser premiados, pouco importando se merecem ou não.

A meritocracia no setor público está sofrendo muitas críticas de muita gente. Porém, a longo prazo, trata-se de um fenômeno irreversível, quer queiram os medíocres quer não. O mundo, cada vez mais, é de quem faz a diferença, e não de quem apenas faz. Esse é o futuro, que já está se tornando presente inclusive aqui no Brasil - graças a Deus!

domingo, maio 16, 2010

Imigrantes ilegais: a Califórnia os espera!

A seguir, notícia da BBC Brasil:

13/05/2010 - 00h19
Los Angeles aprova boicote contra Arizona por lei de imigração

O Conselho da cidade de Los Angeles, Califórnia, aprovou nesta quarta-feira um boicote contra empresas e negócios do Estado americano do Arizona como uma forma de protesto contra a nova lei de imigração sancionada pelo governo do Estado no mês passado.

A maioria dos membros do Conselho (que equivale à Câmara dos Vereadores no Brasil) concordou em suspender a maior parte das viagens oficiais de autoridades para o Arizona, além de impor restrições a assinaturas de novos contratos entre a cidade e empresas do Estado.

No mês passado, o Arizona aprovou uma lei que obriga a polícia a checar a documentação de qualquer pessoa suspeita de ser um imigrante ilegal nos Estados Unidos.

A nova lei de imigração gerou diversos protestos no país e seus críticos argumentam que ela encoraja a distinção racial, já que a polícia poderia abordar qualquer pessoa que considere ter aparência de imigrante.

Teme-se que principalmente hispânicos sejam alvo da medida.

Antes de Los Angeles, outras cidades já haviam aprovado resoluções contra a medida, mas, pelo tamanho e importância da cidade californiana, a aprovação desta quarta-feira está sendo encarada como um dos mais duros protestos contra a lei do Arizona.

Impacto O projeto de lei aprovado pelo Conselho será encaminhado agora ao prefeito da cidade, que já prometeu sancioná-lo. Caso entre em vigor, a lei pode representar perdas de até US$ 8 milhões para o Arizona.

Los Angeles é a segunda maior cidade dos Estados Unidos e calcula-se que 39% de sua população tenha nascido fora do país.

"Mesmo sendo americano, eu não posso ir para o Arizona sem meu passaporte", disse o membro do Conselho Ed Reyes, de acordo com o jornal Los Angeles Times.

Entre outras medidas, a nova lei irá suspender a maior parte das viagens oficiais de autoridade de Los Angeles ao Arizona, além de criar obstáculos para que órgãos públicos assinem novos contratos com empresas do Estado.

Um porta-voz da governadora do Arizona, Jan Brewer, classificou o boicote como "impensado e prejudicial".

"Parece que o Conselho de Los Angeles está fora de contato com o que pensa a maioria dos americanos sobre o assunto", disse o porta-voz Paul Senseman em um comunicado.

O Poder Legislativo do Arizona, controlado por membros do Partido Republicano, aprovou a polêmica lei no mês passado, após declarar que Washington havia falhado em controlar a imigração ilegal.

A lei deve entrar em vigor em 29 de julho.


A seguir, meus comentários:

Os vereadores da cidade de Los Angeles não têm idéia do tamanho do problema que estão arranjando não apenas para a cidade, mas para todo o Estado da Califórnia.

A lei do Arizona deixa claro que o problema não são os imigrantes em geral, mas apenas os imigrantes ilegais.

Os Estados de Arizona e Califórnia fazem divisa um com o outro e ambos fazem fronteira com o México. Portanto, os ilegais que antes pensavam em invadir o Arizona passarão a invadir a Califórnia. Isso não trará problemas imediatos para Los Angeles, pois a cidade fica longe da fronteira com o México. Os ilegais vão passar por cidades como San Diego, Santa Ana, Anaheim, Long Beach etc. para só depois alcançarem Los Angeles, isto é, o sul do Estado da Califórnia ficará repleto de ilegais. Essas pessoas muitas vezes virão com suas famílias e vão acabar onerando demais o governo em áreas como saúde e educação, por exemplo. Além disso, os imigrantes ilegais, por definição, não pagam impostos, e vão tirar empregos dos cidadãos comuns, pois, por estarem em situação irregular no país, aceitarão qualquer tipo de trabalho em quaisquer condições.

Agora, resta saber o que as autoridades estaduais da Califórnia farão sobre esse problema iminente.

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Só boa-fé não basta

Não são poucas as pessoas que acham que os donos de sites como Orkut, Google, YouTube, Yahoo etc. têm que ser penalizados por que alguns bandidos os usam para cometer crimes, tais como pedofilia, narcotráfico, tráfico de armas, tráfico de crianças, tráfico de mulheres etc. Porém, as pessoas que pensam dessa maneira, apesar de bem-intencionadas, não entendem como as coisas funcionam na internet.

No caso dos bandidos que usam quaisquer sites na internet, os proprietários dos sites não têm culpa de eles os usarem para o mal, até porque a grande maioria, isto é, milhões de usuários, os usam para o bem.

Processar os donos dos sites pelos quais alguns bandidos praticam a pedofilia seria o mesmo que processar a Tramontina porque alguns consumidores usam as suas facas para matar pessoas. Os donos da Tramontina não têm culpa se algum bandido usa uma faca sua para o mal. Na internet, é a mesma coisa.

O que poderá resolver ou pelo menos combater de fato esse problema será quando a polícia rastrear os IPs dos computadores dos bandidos, os processar e os meter na cadeia. Isso sim é que seria justo.

O debate sobre os crimes que são cometidos na internet demonstra que só boa-fé não basta, pois só quem tem o mínimo de noção de como a internet funciona na prática é que percebe como seria injusto, por exemplo, multar os donos do Google em milhões de dólares porque existem comunidades de pedofilia no Orkut, enquanto que os verdadeiros culpados continuariam livres para delinqüir.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Mais uma vez, a Igreja brasileira dá um tiro no pé

Hoje, vi no blog do meu amigo e católico medieval Leonardo Bruno, mais conhecido como Conde (www.cavaleiroconde.blogspot.com), o cartaz da Campanha da Fraternidade 2010 da CNBB, cujo título é: "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro - Mt 6,24". Essa campanha colide frontalmente com a vontade do povo brasileiro e com os rumos que a própria sociedade brasileira está tomando em termos econômicos. Na opinião de Conde, essa campanha é uma maquinação da "esquerda católica", ou, como muitos dizem, dos "padrecos vermelhos" da "CNBdoB". Na minha opinião, por outro lado, essa é a postura da Igreja inteira, e não apenas da sua ala esquerda, socialista. Igreja Católica pró-capitalista é o mesmo que reunião de Papas: não existe.

Apesar de o Vaticano ser um dos Estados mais ricos do mundo, a Igreja Católica sempre pregou a pobreza e sempre condenou o espírito empreendedor. A Igreja medieval que condenava o lucro é a mesma Igreja atual que condena a riqueza - dos outros, é claro. O grande problema da Igreja atual é que o povo brasileiro não agüenta mais viver na pobreza. Os brasileiros querem enriquecer e dar um padrão de vida melhor aos seus filhos do que o que herdaram dos seus pais.

Eu, que fui batizado, catequizado e comunguei, jamais concordei com essa postura hipócrita da Igreja de Roma. Aliás, eu sempre achei que a Igreja deveria mudar. Mas ela não muda. Não muda e pronto. Não muda porque não quer mudar, não quer dar a mão à palmatória e reconhecer que está totalmente errada nesse ponto, como em muitos outros.

Que me desculpem os carolas, mas se a Igreja brasileira continuar com esse discursinho, o Brasil se transformará rapidamente numa nação protestante, e será bem feito para o Clero. Com essa campanha pró-miséria da CNBB, a Igreja brasileira, mais uma vez, dá um tiro no pé e não aprende a lição.

sexta-feira, janeiro 01, 2010

O tripé da sociedade justa

Certa vez, li num website a seguinte afirmação de um cidadão:

"O povo brasileiro é vagabundo, pois quer que o Estado lhe dê tudo de graça, inclusive saúde, educação, segurança etc."

Vamos corrigir o erro de conceito desse cidadão: o Estado nunca dá nada a ninguém. Ele apenas fornece serviços em troca do dinheiro dos impostos que nós pagamos. O Estado só daria as coisas aos cidadãos se fornecesse serviços sem lhes cobrar impostos.

Quero deixar bem claro que não tenho nada contra as privatizações, mesmo as de serviços relacionados a setores considerados estratégicos, como o setor energético, por exemplo. Por outro lado, creio piamente que o Estado tem a obrigação moral de fornecer saúde, educação e segurança de boa qualidade por um motivo simples: esses três serviços são o tripé de toda e qualquer sociedade justa e próspera.