sexta-feira, dezembro 04, 2009

Vídeo do texto anterior

Os 7 pecados capitais de Clodovil contra o movimento gay

Existem homossexuais que são perseguidos pelo movimento gay, assim como existem homossexuais que são conservadores.

A princípio, a frase acima pode parecer uma dupla contradição, um paradoxo inconciliável. Mas não é, e a prova disso está num vídeo ao qual assisti recentemente no site http://www.youtube.com/, intitulado Clodovil é vaiado por movimento gay - http://www.youtube.com/watch?v=YLnXn9LpwuU, cujo texto introdutório é o seguinte:

Em Brasília, Clodovil aparece no lançamento da Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual, em 21 de março de 2007, no Congresso Nacional. Fala o que quer, e ouve o que não quer. O deputado federal Clodovil Hernandes, eleito por São Paulo, foi vaiado e recebeu, em resposta aos seus preconceitos contra os homossexuais (mesmo sendo um), gritos de ordem do movimento GLBT (homossexual).

A bem da verdade, os políticos e ativistas que convidaram Clodovil a abrir o evento em questão armaram o circo todo, inclusive com uma bandeira rainbow atrás dele, e esperavam que ele fosse fazer uma exaltação daquilo que poderíamos chamar de gayzismo, algo que nada tem a ver com os homossexuais sérios, até porque o movimento gay não os representa, pois tudo aquilo que se entende por movimento gay são, na verdade, grupos de pressão revolucionários que usam os homossexuais como massa de manobra para obter poder político para criminalizar instituições conservadoras e meter na cadeia qualquer pessoa que fizer uma mera "piada de bicha", enquanto, paradoxalmente, os homossexuais são perseguidos e mortos pelos governos de países comunistas e muçulmanos e o movimento gay não dá um pio.

A seguir, meus comentários a respeito das declarações de Clodovil:

1- "Minha eleição foi um presente de Deus à minha obediência a Ele."

Essa frase é uma "heresia" porque o movimento gay é anti-religioso por excelência. Até existem inocentes úteis do baixo escalão que são sinceramente religiosos, mas a cúpula do movimento é anti-religiosa, por mais que alguns dos líderes se digam religiosos. Aliás, o movimento gay está infiltrado, já há muito tempo, em quase todas as instituições religiosas para destruí-las por dentro através da interação entre seus membros e a "banda podre" das igrejas, isto é, os sacerdotes que, por trás de um discurso "progressista", escondem sua verdadeira identidade: a de destruidores dos valores de suas instituições.

2- "Não sei o porquê de toda essa luta para aprovar o quê (casamento gay), se nós somos filhos de heterossexuais..."

Todo mundo sabe, inclusive os militantes gayzistas, que a única reprodução possível é a reprodução heterossexual, pelo simples fato de ser, por definição, a relação natural. Porém, os gayzistas querem impor à sociedade a idéia de que o homossexualismo é algo perfeitamente natural. Apesar de eu não ter nada contra os homossexuais, devo dizer que a homossexualidade pode ser tudo, menos natural.

3- "Eu não tenho orgulho nenhum de ser gay. Eu tenho orgulho de ser quem eu sou."

O movimento gay quer porque quer impor aos homossexuais sérios a idéia de que se deve ter orgulho de ser gay. Mas aí eu pergunto: assim como não faz sentido algum ter orgulho de ser heterossexual, faz algum sentido ter orgulho de ser gay, em vez de todos termos orgulho de sermos simplesmente quem somos?

4- "Eu optei por me espelhar num Leonardo da Vinci, e não num travesti de rua, que se veste de mulher e se prostitui".

Clodovil quis dizer que não é porque alguém é gay que esse alguém precisa ficar dizendo e mostrando para todo mundo que é gay e fazendo coisas que podem incomodar ou até mesmo ofender os costumes, as crenças e os valores dos outros. Porém, é justamente isso que o movimento gay pretende: ofender a sociedade e destruir seus valores, substituindo-os por uma moralidade biônica a serviço da sua estratégia revolucionária.

5- "Cabe a todos nós o direito a qualquer tipo de palavra".

Essa frase é uma afronta ao interesse declarado do movimento gay, que é abolir a liberdade de expressão e meter na cadeia qualquer um que se oponha ao homossexualismo ou faça uma simples e inofensiva "piada de bicha", enquanto, paradoxalmente, os governos dos países islâmicos e comunistas matam homossexuais pelo "crime de homossexualismo" e o movimento gay não dá um pio.

Aliás, quando Clodovil disse isso, alguns ativistas presentes entoaram a seguinte palavra de ordem:

"Não, não, não à discriminação! Atrás do silicone, também bate um coração!"

6- "Falta a nós brasileiros ´bater o pé´ pela cultura, pela educação, enfim, por coisas que são mais importantes do que uma atitude de vida que não nos condena em nada. Nós só prestamos contas a Deus; a mais ninguém".

Agora, pode-se dizer que Clodovil "pegou pesado", pois ele afirmou, com total razão, aliás, que existem coisas muito mais importantes do que ficar lutando contra esse inimigo invisível chamado "perseguição homofóbica", cujos assassinatos, por exemplo, representam, aqui no Brasil, apenas 0,02% do total de homicídios, que são, em média, 50 mil por ano. Você há de convir que 0,02% de 50 mil não é quase nada, não é mesmo?

Aliás, quando Clodovil disse isso, alguns ativistas presentes entoaram a seguinte palavra de ordem:

"Orientação sexual! Liberdade não faz mal!"

7- "Com certeza, vocês me convenceram a não participar dessa parada gay, pois eu sou a favor da família".

Para fechar com chave de ouro, Clodovil afirmou ser a favor da família, uma instituição fundamental para qualquer sociedade e que o movimento gay pretende destruir e substituir por uma família biônica, com dois pais ou duas mães, em vez de um casal natural.

Por fim, a todos aqueles que dizem que as lideranças do movimento gay são bem-intencionadas, só me resta, depois de tudo isso, dizer uma coisa: me engana que eu gosto!

sexta-feira, novembro 27, 2009

O setor aeroviário brasileiro começa a decolar

Anteontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o aumento de 49% na porcentagem de capital estrangeiro que pode ser investido nas companhias aéreas que operam no espaço aéreo brasileiro, sendo que o limite anterior era de 20%; ainda bem, pois para mim não faz a menor diferença a quantidade de capital estrangeiro que é investido nas companhias aéreas que operam no Brasil. O que eu quero são serviços bons e baratos.

terça-feira, novembro 10, 2009

"Dress code" para faculdade no Brasil?

O recente caso da moça Geisy Arruda, de 20 anos de idade, estudante de turismo que cursava o primeiro ano no Campus ABC da UNIBAN até o dia 22 do mês passado, merece atenção especial não pela moça em si, mas por tudo aquilo que ele passou a representar num país como o Brasil, cujos costumes quanto à roupa sempre foram tão liberais. Eu até hei de convir que microvestido não é traje acadêmico, mas a macacada que xingou a moça e fez com que ela tivesse que deixar o campus sob escolta da PM estava fazendo o que do lado de fora das salas de aula? Por acaso, aquele povo estava todo "na hora do recreio"? Para que chamar uma moça mais saidinha de "puta" por causa do seu microvestido?

No primeiro mundo, os cidadãos são, desde a mais tenra idade, acostumados com aquilo que, em inglês, se entende por "dress codes", ou códigos de vestimenta. Na grande maioria das escolas americanas, por exemplo, não há uniformes; as próprias crianças recebem "educação vestual" já desde cedo.

Aqui no Brasil, quando se fala em ausência de uniformes nas escolas, aí o negócio complica; isso é perfeitamente compreensível. Porém, microvestido em ambiente acadêmico é no mínimo inadequado, convenhamos. Qual seria o meio-termo? "Cortar as asinhas" das universitárias mais saidinhas parece ser o único caminho viável. O resto é moralismo barato.

A Reitoria do Campus ABC da UNIBAN expulsou a moça, mas depois voltou atrás. Se os advogados dela forem espertos, poderão entrar com uma ação por danos morais; se ela ganhar a causa, certamente vai conseguir fazer seu pé-de-meia antes mesmo de ter um canudo.

sábado, setembro 05, 2009

Como melhorar a efetividade da avaliação dos cursos superiores

Em matéria publicada hoje, o jornal A Tribuna mencionou e explicou o método de avaliação dos cursos superiores pelo MEC, revelando que a maioria dos cursos das faculdades e universidades da Baixada Santista tirou nota baixa tanto na avaliação técnica do curso e dos professores quanto na avaliação do preparo e desempenho dos alunos.

Porém, um grande furo que observei no caso do exame do desempenho dos alunos foi o fato de que as notas de seus exames não foram divulgadas individual e nominalmente. Como os alunos sabiam que seus resultados individuais não seriam divulgados, mas apenas os resultados dos cursos como um todo, a grande maioria fez os exames sem comprometimento, pois, na prática, estava simplesmente cumprindo uma formalidade obrigatória.

Geralmente, o indivíduo não-identificado nominalmente tende a não se comprometer, pois como a multidão de alunos não-identificados vira uma massa amorfa e impessoal, nenhum aluno que fez esse exame será cobrado por uma eventual nota baixa; logo, a grande maioria fez a prova "só para constar".

A divulgação individual do nome e da nota de cada aluno avaliado ajudaria não apenas as faculdades e universidades a repensarem seus cursos como também daria aos empregadores a oportunidade de selecionar para as suas empresas os graduados mais bem preparados.

quinta-feira, agosto 27, 2009

Estratégia infeliz

A estratégia adotada pelo Senador Eduardo Suplicy, do PT paulista, que representa, ou pelo menos parece representar, aquele 1% de políticos que ainda prestam num panorama de corrupção "como nunca antes nesse país", foi mais do que equivocada. Foi infeliz. Discursando na Tribuna do Senado, Suplicy tomou uma atitude cujas classes menos instruídas da população brasileira certamente entenderam às avessas do que ele de fato quis dizer: ao mostrar o cartão vermelho para José Sarney, Suplicy "misturou as estações" e acabou dando a entender ao povo que quer expulsar Sarney "na marra", quando deveria ter exigido, isto sim, uma votação, de preferência aberta e nominal, do mérito da questão que mais se discute no Senado atualmente: a cassação ou a permanência do Presidente José Sarney.

Suplicy quis dizer que exige a votação, mas o gesto de mostrar o cartão vermelho, tal como um árbitro numa partida de futebol, certamente deu a entender aos menos ilustrados justamente o contrário, ou seja, a expulsão de Sarney, a saída de Sarney pela porta dos fundos, tal como o jogador expulso que vai para o chuveiro mais cedo devido à expulsão inquestionável e irrevogável do árbitro.

Uma partida de futebol não é uma democracia, pois todos os seus lances, inclusive a sua própria realização, são submetidos à autoridade absoluta de um único indivíduo: o árbitro, que rege a partida de maneira autocrática. Portanto, a relação de poder entre o árbitro e os jogadores nada tem a ver com a atividade parlamentar, pois o Parlamento é um espaço de discussões e votações em que o Presidente da Casa tem por função primordial ser um mediador de conflitos entre os parlamentares, os partidos, as bancadas, a situação e a oposição etc.

Das duas, uma: ou Suplicy foi mal-assessorado ou fez questão de ignorar os conselhos de seus assessores de gabinete, de partido e talvez até de coalizão.

sexta-feira, agosto 21, 2009

Estudante é profissão, e não classe!

De uns tempos para cá, pude perceber que, mesmo nos já distantes anos 60 e 70, a UNE e demais entidades estudantis já haviam se transformado em verdadeiras entidades de classe, levando-se em conta o papel que já exerciam no âmbito da representação formal dos estudantes, muito embora a profissão de estudante não corresponda a uma categoria profissional de fato. Hoje em dia, nota-se claramente que os líderes das entidades estudantis viraram dirigentes sindicais, ou seja, "estudantes" que não estudam e que vivem do dinheiro que arrecadam dos membros dos seus "sindicatos".

Nos já citados e, repito, já distantes anos 60 e 70, a UNE e demais entidades estudantis já eram subdivididas em 3 alas: os "estudantes" que apoiavam a famigerada "luta armada", representada pelo "Partidão" e demais organizações terroristas e guerrilheiras, e o seu plano de derrubar a ditadura militar para implantar no seu lugar uma ditadura comunista calcada no eixo Havana-Moscou-Pequim; os "estudantes" que queriam derrubar a ditadura militar mas não sabiam ao certo o que colocar no lugar dela; e os "estudantes" que faziam baderna por fazer, ou seja, participavam das passeatas e demais atos públicos apenas repetindo slogans fabricados pelos líderes, enfrentavam a Tropa de Choque da PM e, merecidamente, apanhavam da polícia.

Além de tudo isso, o atual regime democrático criou a figura do "pelego estudantil", ou seja, o líder estudantil que tem rabo preso com o governo. A seguir, trecho do artigo "Os parasitas e a decadência moral", do economista carioca Rodrigo Constantino, publicado no seu blog em 19 de abril de 2006:

Quando penso nesse desvirtuamento total, me vem à cabeça a figura de um Lindberg Farias. Não é nada pessoal. Ele apenas representa um símbolo dessa completa decadência moral. A trajetória do atual prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, demonstra bem o que quero dizer. Cursou Direito em Brasília e na PUC carioca, faculdade para poucos do ponto de vista financeiro. Não completou nenhum dos dois cursos. (...) Não saiu para empreender e criar algo de valor para os consumidores, mas sim para incitar greves e pregar bravatas. Foi presidente da UNE, movimento formado basicamente por estudantes (sic) baderneiros, muitos admiradores do regime assassino comunista. Virou líder popular ao comandar os "caras-pintadas" no processo de impeachment de Collor. Depois, foi eleito deputado federal, transitando entre partidos como o PCdoB, PSTU e PT. Algo que vai do sonho soviético até o “mensalão”. Finalmente, chegou à prefeitura de Nova Iguaçu pelo PT, recebendo um bom salário e desfrutando de todas as vantagens que os políticos costumam se auto-conceder. Vive no conforto, pregando contra o conforto dos outros.

http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/04/os-parasitas-e-decadncia-moral.html

De tudo aquilo que nos é exposto por esse trecho do artigo de Constantino, pode-se perceber que o "peleguismo estudantil" parece ser a tendência natural dos líderes da "classe" estudantil.

No fim das contas, o que me deixa mais triste quanto a esse assunto é o fato de que hoje em dia, esses "sindicatos estudantis" só lutam de fato por "causas" como, por exemplo, a meia-entrada no cinema, através da carteirinha de estudante, e a redução das tarifas de ônibus para a "categoria". Nada contra, mas eu nunca ouço falar desse povo lutando por causas como a melhoria do ensino através da adequação das grades curriculares, por exemplo, dentre outras coisas infinitamente mais importantes para a sociedade como um todo.

domingo, agosto 16, 2009

Não existe remédio sem "sal"!

Agora há pouco, em entrevista concedida ao programa Repórter Record, Edir Macedo afirmou, categórica e surpreendentemente: "Eu odeio religião! Religião é a coisa mais podre que existe no mundo!"

Se fosse eu a entrevistá-lo naquela ocasião, eu lhe perguntaria: "Se a religião é uma coisa abominável, a sua igreja prega o quê?" Vou explicar minha pergunta da seguinte maneira: todo e qualquer remédio tem, por trás do nome, um princípio ativo, popularmente chamado de "sal". Os remédios têm várias formas: comprimidos, cápsulas, pílulas, sprays, pomadas, soluções líquidas (injetadas ou "via oral") etc., mas o que cura as pessoas de seus males não são esses objetos, e sim o seu conteúdo, ou seja, as substâncias que são introduzidas no organismo através das várias formas de remédios já citadas acima. Portanto, remédio sem "sal" não é remédio. É placebo.

Por um lado, a eficácia do efeito-placebo em muitos casos, inclusive de doenças graves, é coisa já arqui-provada. Por outro lado, mesmo que o placebo funcione de fato, não é remédio, mas apenas placebo, até porque nem tudo o que cura é remédio; aliás, o próprio efeito-placebo é uma prova disso.

Migrando para o campo da fé, igreja sem religião é como remédio sem "sal", pois não existe igreja sem religião. Por outro lado, pode existir, isto sim, religião sem igreja, pois a religião é o "sal", e a igreja é apenas o "remédio". Assim sendo, igreja sem religião é placebo, o que, no caso da religião, significa "seita".

A palavra "seita" não é necessariamente pejorativa, e nem mesmo remonta necessariamente à religião. Quando o ser humano transforma pessoas ou instituições mundanas em objetos de culto dogmático, cria-se uma religião laica, ou seja, um artigo de fé desprovido de conteúdo metafísico.

No Brasil, por exemplo, existem várias religiões laicas com milhares de fiéis. Uma das mais numerosas e fervorosas é o Corinthians, cuja comunidade de torcedores se autodenomina "Fiel". Sendo assim, o Corinthians é uma seita, não necessariamente no mal sentido.

Outro exemplo de religião laica é o PT, que é uma verdadeira seita, no sentido político do termo. Em escala mundial, as máfias, a KGB, o comunismo, o ambientalismo radical etc. são religiões laicas com milhões de seguidores.

Voltando à Igreja Universal do Reino de Deus, se o próprio cabeça da igreja odeia religião, refaço a pergunta do início do texto: que diabos ela prega, se me permite o trocadilho? Auto-ajuda? Neurolingüística? Macumba? O que, enfim? Ou então a Igreja Universal é uma "igreja-placebo", ou seja, se você "tomar com fé" você fica bem? Ou talvez uma pirâmide financeira disfarçada de igreja, cujos diplomas de dizimista (sic) são assinados por ninguém menos que Jesus Cristo em pessoa?

Como já falei antes, existe religião sem igreja, pois existe cura sem remédio, mas não existe igreja sem religião. Igreja sem religião é partido político sem ideologia, jornal sem linha editorial, caneta sem tinta, carro sem gasolina, lâmpada sem eletricidade, idioma sem palavras, futebol sem gol, livro sem texto, televisão sem imagem, rádio sem som etc. Em outras palavras, é uma farsa: se algo não tem o que tem que ter para sê-lo, não o é.

Por fim, digo o seguinte: se Jesus voltasse à Terra hoje e visse sujeitos como Edir Macedo fazerem o que fazem em nome dele, a primeira coisa que ele diria a todos os cristãos do mundo seria: "Eu não sou cristão!"

segunda-feira, julho 20, 2009

O novo paradigma da classe verde-oliva tupiniquim

A seguir, notícia publicada no UOL:


20/07/2009 - 15h32

Anvisa treina 500 militares para monitorar fronteira gaúcha por causa da gripe

Do UOL Notícias
Em São Paulo

A partir desta terça-feira (21), 500 militares serão distribuídos nas travessias de fronteira gaúcha para monitorar viajantes em razão da circulação do vírus da gripe influenza A (H1N1), inicialmente chamada gripe suína, no país. A informação é do site do jornal "Zero Hora".

Conforme o jornal, os primeiros soldados já estão sendo treinados por técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na sede do 19º regimento de cavalaria mecanizada, em Santa Rosa, e devem permanecer em Porto Lucena, Porto Vera Cruz, Alecrim, Porto Mauá, Novo Machado, Doutor Maurício Cardoso, Crissiumal, Esperança do Sul, Tiradentes do Sul e Derrubados. Eles prestarão orientações de como evitar a gripe A aos viajantes, especialmente aos caminhoneiros.

Em Porto Alegre, o comitê de combate à gripe se reúne esta tarde no Centro Administrativo do Estado. Segundo o diretor da Vigilância Estadual em Saúde, Francisco Paz, a nova fase do plano contra a epidemia será apresentada aos representantes de hospitais, prefeituras, universidades e entidades médicas.

Em Caxias do Sul, onde o recesso escolar foi antecipado, reunião também nesta tarde entre autoridades locais vai decidir se limita eventos coletivos como festas e até sessões de cinema. O prefeito de Barra do Quaraí, Mahber Jaber, decretou situação de emergência no município da Fronteira Oeste devido à gripe A.

A medida foi tomada diante do alastramento do vírus influenza A H1N1 na região. Mais cedo, o prefeito de Uruguaiana, José Francisco Sanchotene Felice, esteve reunido com o secretário de saúde, Osmar Terra, para homologar o pedido de situação de emergência.


A seguir, meus comentários:

Hoje em dia, passados mais de 20 anos do fim da ditadura militar, o papel das nossas Forças Armadas, que já devolveram o governo aos civis faz tempo, precisa ser rediscutido levando-se em conta o novo paradigma da classe verde-oliva tupiniquim.

Felizmente, o Brasil não é uma nação beligerante; isso é um ótimo handicap. Porém, nossos militares federais não podem ficar aquartelados, passando o dia inteiro a lustrar os coturnos. Já que a última guerra da qual o Brasil participou foi a II Guerra Mundial, já está mais do que na hora de o Ministério da Defesa treinar a armada auriverde não apenas para entrar em combate em caso de guerra, mas também, principalmente, para empreender missões de paz, tais como a operação de socorro às vítimas das enchentes em Santa Catarina, a operação do Airbus da Air France e essa operação atual, nas zonas de fronteira, para conter a disseminação do vírus da gripe suína no território nacional.

Assim como as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares têm que estar na rua, as Forças Armadas têm que ser o braço forte e a mão amiga do cidadão brasileiro, em defesa da segurança nacional, tanto na guerra quanto na paz.

quinta-feira, junho 18, 2009

Abraão e a fé absoluta

O que pode ser pior para um pai do que matar seu próprio filho? Você teria coragem de fazer isso, mesmo se o próprio Deus lhe ordenasse?

Há cerca de 4 mil anos, um grande homem passou por esse teste de Deus e logrou êxito. Esse homem foi Abraão, o introdutor do monoteísmo, isto é, da crença no Deus único de Moisés, Jesus e Maomé.

No Livro de Gênesis, lemos que devido à dificuldade de Abraão ter filhos com sua esposa Sara, ele resolveu ter um filho com sua serva egípcia Hagar. Abraão deu-lhe o nome de Ismael. Depois disso, quando Abraão já estava com cerca de 100 anos de idade, sua esposa Sara conseguiu ter um filho, e Deus ordenou que Abraão enviasse Hagar e Ismael ao Vale de Becá, ao sul. Ismael instalou-se lá e deu origem ao povo árabe, enquanto que, mais tarde, Isaque deu origem ao povo judeu.

Assim sendo, Isaque tornou-se o único filho que Abraão tinha consigo, e como Ismael tinha ido embora para cumprir sua missão, Isaque tornou-se o filho único de Abraão na prática.

Mais adiante, no Capítulo 22 do mesmo Livro de Gênesis, lemos que Deus, para testar a fé de Abraão Nele, deu-lhe a seguinte ordem: "Leve Isaque com você e ofereça-o em sacrifício no topo do Monte Moriá, que fica perto de Salém."

Depois de 3 dias de viagem a partir de Berseba, Abraão avistou o local e subiu ao monte indicado por Deus levando Isaque consigo. Porém, quando empunhou a faca e ergueu a mão para matar seu filho, Abraão foi impedido pelo Anjo do Senhor, que lhe mostrou, atrás dele, um carneiro, cujos chifres estavam presos a um arbusto, para que Abraão o matasse e o oferecesse a Deus em lugar de seu filho.

Essa história de Abraão, a mais linda que já li do Velho Testamento até agora, pode ser interpretada da seguinte maneira: quantas vezes Deus nos testa com provações infinitamente mais leves (ou menos pesadas) e nós, achando-nos injustiçados, reclamamos da suposta severidade Dele? Qual o limite da fé de cada um de nós? Até que ponto cremos realmente Naquele que nos criou?

A resposta me parece ser a seguinte: Deus só testa quem Ele sabe que pode ser testado, pois como Ele nos criou, Ele nos conhece por completo. Ele nos conhece desde antes da nossa existência, pois Ele é anterior à existência não apenas de cada um de nós, mas de tudo.

Deus é onipotente, isto é, pode tudo, mas não nos impede de fazermos o que quisermos, mesmo que desobedeçamos a vontade Dele, O neguemos ou usemos Seu nome em vão. Essa é a dádiva divina do livre-arbítrio.

Deus está em tudo e em todos os lugares ao mesmo tempo, mas não o vemos porque nós mesmos somos a materialização do Seu verbo, criador dos seres e das coisas do mundo e do universo. Esse é o dom divino da onipresença.

Deus sabe tudo o que cada um de nós faz e pensa; Ele conhece todos os nossos defeitos, virtudes, sonhos, sentimentos, medos, sofrimentos, alegrias, angústias, sucessos, fracassos etc. Ele sabe o dia e a hora em que cada um de nós vai nascer e morrer. Ele sabe o que cada um de nós vai fazer e dizer. Esse é o dom divino da onisciência.

Aos que tentam se igualar a Ele, ele os pune não por ciúme, mas por piedade, para mostrar a eles que todos temos o nosso lugar, mas que o lugar Dele não é de nenhum de nós, mas apenas Dele, pois Ele é anterior, simultâneo e, no fim dos tempos, será posterior a todos nós. Aos que crêem que O representam entre nós, Ele sabe muito bem quem o faz de boa-fé para ajudar o próximo e quem o faz de má-fé para se aproveitar da credulidade alheia.

Sempre que nos defrontarmos com alguma provação divina, lembremo-nos de Abraão, pois se o grau da nossa fé chegar ao menos perto da fé de Abraão, tudo poderemos Naquele que nos fortalece.

terça-feira, junho 16, 2009

O país dos "voluntários convocados"

Anteontem, eu e meu pai estávamos viajando pela estrada rumo a Key West, no extremo sul da Flórida e a apenas 90 milhas de Cuba, e ouvindo a Radio Reloj (Radio Relógio) AM 860, uma emissora de Havana que pode ser claramente ouvida naquela região. O programa em questão era um noticiário, cujas reportagens eram exaustivamente repetidas, sobre ações do governo cubano nas mais diversas áreas. Até aí, nada demais, exceto por um termo que constava de uma das notícias lidas pela locutora:

"Devido à crise mundial, o governo inaugurou um programa de economia de energia através do controle do consumo com a ajuda de voluntários convocados (sic)."

Existem situações que são tão paradoxais que qualquer tentativa de eufemismo acaba resultando num ato falho que revela o absurdo dos fatos em questão de maneira acintosa. Eis as meias-verdades acima expostas:

1- A bem da verdade, a economia cubana está em crise desde o tempo da própria Revolução Cubana, quando Che Guevara foi nomeado Ministro do Açúcar, principal produto cubano, e conseguiu a façanha de quebrar o Ministério em apenas 3 meses. Portanto, Cuba está em crise desde então, enquanto que a crise mundial começou apenas em outubro do ano passado e já dá sinais de recuperação praticamente no mundo inteiro. Aliás, convém esclarecer que o tão famoso embargo econômico imposto a Cuba é exclusivo dos Estados Unidos, pois Cuba faz negócios com todo o resto do mundo.

2- O programa em questão não é de economia, e sim de racionamento de energia, com apagões propositais planejados pelo governo em todo o território cubano exceto no balneário de Varadero e na orla de Havana, onde ficam os hotéis internacionais, nos quais os cidadãos cubanos que não trabalham neles não podem nem entrar.

3- Um voluntário é, por definição, uma pessoa que faz algo porque quer fazê-lo, e não por convocação.

Segundo a novilíngua do governo cubano, pode-se dizer até que Cuba não é uma ditadura, mas apenas um regime de exceção – afinal de contas, democracia com exceção de liberdade é regime de exceção, não é mesmo?

terça-feira, maio 26, 2009

A quem interessa a hegemonia chinesa?

Texto extraído do newsletter de Joelmir Beting:

COISAS QUE NOS FALTAM


Medicina e mandarim, assuntos do dia.

Fernando Pimazoni, médico responsável pelo Instituto de Patologia de Botucatu (SP), conta que, "com mais de 30 anos de experiência e certa vivência e conhecimento da medicina dos EUA, não foi surpresa a notícia (SAÚDE DE PONTA ) de que nós estamos tratando pacientes americanos com a mesma qualidade e mais barato do que eles. A medicina em São Paulo é excelente, mas não é barata (quem tem coragem de não ter plano de saúde?), muito parecida estruturalmente com a dos EUA. Lá, o diferencial está na infra-estrutura mais organizada e regulamentada. O médico produz muito mais, é mais fácil trabalhar, não se perde tempo com besteiras, incrivelmente mais eficiente, tanto é que quase 40% das publicações médicas mundiais vêm dos EUA. Até hoje, com crise e tudo".

Eli Campos Perez, de Catalão (GO), ponderando que "negócio bom e bem feito é aquele em que os dois lados ganham e após se entenderem perfeitamente" sugere, para "fazermos bons negócios da China (NEGÓCIO DA CHINA ) com a dita cuja e tudo não ficar na mão de meia dúzia de privilegiados", incluir em todos os níveis escolares e educacionais o ensino do mandariam, "assim como é com o inglês e já foi com o francês e latim".
(25/05/2009)


A seguir, meus comentários:

Se o ensino do inglês nas escolas brasileiras, tanto públicas quanto privadas, já é uma porcaria mas pelo menos dá aos alunos uma noção elementar de uma língua que o próprio Planeta China usa para se comunicar internamente, imagine o ensino do mandarim, uma língua que não é nacional, pois nada mais é do que o dialeto de Pequim, não usa o alfabeto latino (só isso já daria um baita nó na cabeça da rapazeada) e é totalmente alheia à realidade cotidiana do povo brasileiro, ainda por cima com a professorada comuna enchendo a boca para falar que TODOS os cidadãos do Planeta China falam mandarim... Ora! Não sei se é mania de perseguição de minha parte, mas esse comentário a favor do ensino do bendito mandarim nas escolas brasileiras me parece típico daquela brasileirada boba que quer que os Estados Unidos se explodam e não vê a hora de o mundo passar a ser regido pela batuta da hegemonia chinesa, pois, afinal de contas, mal sabe essa laia que quando um país se torna uma potência hegemônica, ele exporta, ou pelo menos tenta exportar, o seu regime político, e essa gente sem cultura está achando tudo isso lindo pelo simples fato de que não tem a menor idéia do que é a ditadura chinesa.

Você que está na faixa etária dos 50 ou pelo menos 40 já deve ter percebido que, do pessoal da sua idade, as pessoas que sabem que a China é uma ditadura comparável à União Soviética (não são muitas) acham que o regime chinês é igualzinho a essa "ditamole" tupiniquim que você teve que aturar na sua juventude. Porém, a sua geração não chega nem perto da minha quando esta última enche a boca para apoiar a hegemonia chinesa pelo simples fato de que o pessoal da minha idade não vivenciou uma ditadura, por mais branda que a já citada "ditamole" tupiniquim tenha sido. Para piorar as coisas, eu conheço muita gente da minha idade que torce o nariz quando eu falo que não existe chinês (língua chinesa, no sentido nacional do termo), e sim, no máximo, um dialeto levemente predominante sobre os demais, nesse caso o mandarim, que só o é por ser a fala corrente da capital. Nessas horas, lembro-me de uma aula que tive numa escola de informática, já há 5 anos, em que um professor encheu a boca para me dizer que eu (e não ele) estava fora do mercado trabalho porque a língua inglesa, já há uns 20 anos (segundo ele), tornou-se insignificante no mundo, inclusive no mundo dos negócios. É mole?

Às vezes eu fico pensando se nasci no país certo, pois quando você, que hoje tem 50 ou 40 anos, tinha a minha idade, me parece que o povo brasileiro tinha uma certa cultura geral, enquanto que hoje, o pessoal da minha idade não sabe quase nada nem sequer sobre o próprio Brasil, e ainda enche a boca para falar que os americanos é que não têm cultura... Mal sabem eles que os americanos conhecem pelo menos a sua história e a sua realidade.

segunda-feira, maio 18, 2009

Cristóvam Buarque e sua "democracia sem parlamento"

Recentemente, o senador Cristóvam Buarque declarou, durante um discurso na tribuna do Senado, que deveria ser realizado um plebiscito para consultar a população sobre a continuação ou não da existência do Parlamento.

É importante ressaltar o fato de que Cristóvam questionou a utilidade não apenas do Senado, mas da Câmara dos Deputados também, pois ao usar a palavra "Parlamento", ele estava se referindo ao Congresso Nacional como um todo, ou seja, a ambas as casas legislativas.

No caso do Brasil, cujo parlamento federal é bicameral, caberia no máximo a discussão sobre a continuação ou não da existência do Senado, que é a câmara alta do parlamento brasileiro, pois o poder público federal precisa ter pelo menos a câmara baixa, ou seja, a Câmara dos Deputados, pois não há democracia sem os 3 Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Na verdade, ao contrário do que a grande maioria das pessoas pensa, o único dos 3 Poderes que constitui o governo propriamente dito é o Poder Executivo, cujo presidente, o vice e os ministros representam a coalização de partidos que está no poder. O Poder Judiciário é apartidário e independente tanto do Executivo quanto do Legislativo, e no poder público federal é composto pelo Supremo Tribunal Federal e demais tribunais superiores. Já o Poder Legislativo é justamente aquele em que a democracia se manifesta na prática, pois o parlamento, seja ele mono ou bicameral, possui representantes dos partidos tanto da situação quanto da oposição. Portanto, o fechamento do parlamento, além de eliminar um dos 3 Poderes, transformaria o Brasil automaticamente numa ditadura em que o presidente governaria por decreto. Nesse quadro institucional de apenas 2 Poderes, o presidente da República não encontraria nenhum empecilho para submeter o Poder Judiciário à sua vontade, eliminando sua independência e transformando-o numa mera extensão do Poder Executivo. A partir desse momento, o Estado brasileiro só manteria um Poder: o Executivo, ou seja, o próprio governo, monolítico e absoluto, cujo presidente mandaria nos juízes, não teria oposição nenhuma, nomearia interventores federais nos Estados e municípios, que obviamente também não mais teriam seus parlamentos e tribunais, e por fim, seria senhor da vida e da morte de 180 milhões de brasileiros.

Depois de tudo o que eu expliquei, eu lhe pergunto: você ainda quer esse plebiscito?

domingo, maio 17, 2009

"As leis inúteis debilitam as necessárias"

Recentemente, o Presidente do Sindicato dos Carregadores de Malas do Distrito Federal, Sr. Alex Oliveira, proibiu o uso de barba e bigode por parte dos trabalhadores.

Essa notícia, que mais parece um trecho de um livro de ficção, demonstra a absoluta falta do que fazer de muitas entidades de classe no mundo de hoje. O Procurador do Ministério Público do Trabalho, Sr. Adélio Jutino Lucas, afirmou que a decisão do sindicato é ilegal.

Você, Leitor, deve estar imaginando que isso é um fato isolado e que só acontece aqui no Brasil. Porém, o filósofo francês Montesquieu, considerado um dos principais intelectuais iluministas, já conhecia esse tipo de situação surreal quando publicou o livro "Do espírito das leis", no distante ano de 1748. A citação mais reproduzida desse livro, considerado sua obra-prima, é justamente a seguinte: "As leis inúteis debilitam as necessárias".

Isso prova que a burrice é democrática e universal: se manifesta no mundo inteiro e desde sempre.

quinta-feira, maio 07, 2009

Piada pronta

No domingo retrasado, durante a primeira partida final do Paulistão, Cléber Machado disse que Mano Menezes é bi-campeão estadual gaúcho da seguinte maneira:

"Mano Menezes é bi-gaúcho!"

Aí eu pensei: "bi-gaúcho" é um título ou uma orientação sexual? Será que os "bi-gaúchos" são aqueles que freqüentam o "CTGLS"?

sexta-feira, abril 24, 2009

Estados Unidos, Sampa e Roma Antiga

Certa vez, há alguns anos, eu conheci um homem que mora aqui em Santos e que, por ser americano, dá aulas de inglês com uma autoridade muito maior do que qualquer brasileiro que possua um diploma de letras. Num dado momento da conversa, ele me disse: "Se eu tivesse dinheiro suficiente para levar meus alunos aos Estados Unidos, eu jamais os levaria à Disney World, pois isso não é Estados Unidos." Ele me explicou que não tem nada contra a Disney World e que inclusive já a visitou, mas, por outro lado, ele disse algo que, apesar de óbvio, a grande maioria dos brasileiros não consegue entender: um parque de diversões não é uma representação fiel da realidade de um país. Assim sendo, esse americano me disse que, se tivesse dinheiro suficiente, levaria seus alunos para conhecerem os Estados Unidos de fato, do lado de fora de quaisquer parques temáticos.

Um parque de diversões é, por definição, um ambiente lúdico e fantasioso, um reduto de faz-de-conta que não pode ser usado como referência para julgarmos a cidade e muito menos o país em que ele se situa.

Vamos imaginar o seguinte caso: um brasileiro que nunca esteve na cidade de São Paulo participa de uma excursão e passa um dia no Play Center. No dia seguinte, esse cidadão volta para sua cidade, fique ela em São Paulo ou em outro Estado, batendo no peito e bradando: "Eu conheci São Paulo!" Ledo engano! O Play Center é apenas e tão-somente um parque de diversões, e como tal, não é uma representação fiel da cidade de São Paulo. Quem quer conhecer São Paulo de fato tem que ficar do lado de fora do Play Center e visitar a cidade propriamente dita.

Eu, que nunca fui ao Play Center, não tenho autoridade para dizer que a cidade de São Paulo é assim ou assado, pois, apesar de já ter ido inúmeras vezes à capital, conheço apenas alguns lugares específicos da cidade, ou seja, recortes esparsos de sua realidade, sociedade, arquitetura, trânsito, logradouros, gastronomia etc.

Imagine a seguinte situação: um homem que viveu no tempo da Roma Antiga e que nunca tinha ido a Roma, um belo dia visitou a cidade e entrou direto no Coliseu. A impressão que ele teria de Roma e até do Império como um todo seria a pior possível. Se esse homem tivesse a mesma mentalidade da grande maioria dos brasileiros, certamente voltaria à sua aldeia dizendo: "Lá em Roma, os seguidores de uma seita perseguida chamada cristianismo são jogados aos leões, sob aplausos e demais ovações do povo e dos senadores; guerreiros se digladiam até a morte no fio da espada e às vezes até a cavalo ou a bordo de bigas! Roma é uma barbárie!" Porém, mal sabia esse homem que o Coliseu era uma espécie de parque de diversões primitivo que, não obstante a indiscutível barbárie, jamais poderia ser usado como representação fiel da cidade e nem do Império em que ele se situava.

Entendeu o conceito?

segunda-feira, março 30, 2009

Hegemonia americana X hegemonia chinesa

Ano passado, na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Pequim, uma chinesinha fotogênica cantou uma música; pouco tempo depois, foi descoberto que, na verdade, aquela garotinha bonita apenas dublou a verdadeira cantora, uma outra menina não tão bela.

Numa prova de atletismo, um corredor chinês foi obrigado a correr mesmo estando visivelmente impossibilitado até mesmo de andar. A cara de dor dele era angustiante.

Esses dois fatos me fazem pensar: qual é o real valor do indivíduo na China? O que cada cidadão representa para os Generais do Partidão, que governa o país ininterruptamente desde 1949? Pelo que me parece, o cidadão chinês é para eles quase que uma cabeça de gado, perfeitamente sacrificável em nome de sua bandeira vermelha.

Por que a grande mídia brasileira não diz essa verdade nesses termos? Será que, em troca de equipamentos baratos contrabandeados da China, fabricados por mão-de-obra escrava e muitas vezes até infantil, vale a pena meter o pau nas sólidas democracias do Atlântico Norte e puxar o saco da sexagenária ditadura chinesa?

No Brasil de hoje, não são poucos os idiotas úteis que não hesitariam em apoiar a hegemonia chinesa e ajudar a derrubar a hegemonia americana. Você, leitor, já parou para pensar se isso realmente vale a pena?

Apesar de todos os defeitos, a hegemonia americana é a hegemonia de uma democracia diuturnamente patrulhada pela mídia do mundo inteiro. E a China? É uma ditadura totalitária que nesse ano de 2009 completa nada menos que 60 primaveras! E o pior é o outono nunca chega!

Muitos desses mesmos idiotas úteis chegam ao cúmulo de não quererem nenhuma das duas hegemonias e sonharem com uma nova ordem mundial em que todos os países hão de ficar em pé de igualdade... Leda utopia! Isso nunca houve nem nunca haverá!

O mundo é assim. Se você ainda não percebeu isso, já está mais do que na hora de acordar para a vida...

Por que muitos atletas cubanos não sabem ganhar?

Certa vez, há mais de 10 anos, houve um jogo de vôlei feminino entre Brasil e Cuba, cujas cubanas ganharam. Do meio do jogo em diante, as cubanas, a cada ponto que marcavam, tiravam sarro das brasileiras raivosamente, o que, dali a um certo tempo, causou a natural reação por parte delas. O jogo foi quase abortado devido a uma briga, difícil de apartar, daquelas mulheres altas e esbaforidas, se pegando e puxando o cabelo uma da outra. Quando o jogo acabou, então, aí “o bicho pegou”: a equipe de segurança do evento teve que ser acionada para conter a verdadeira batalha entre as amazonas pós-modernas que se digladiavam num ginásio poli-esportivo convertido em Coliseu.

Realmente, aquelas esportistas cubanas não souberam ganhar, mas aí eu lhe pergunto: por que às vezes os atletas cubanos não sabem ganhar? Porque eles são oprimidos por uma ditadura violentíssima que literalmente os obriga a vencer. Governos como o de Cuba estão nas antípodas do ideal pregado pelo Barão de Coubertin, da competição leal acima da vitória a qualquer custo. E não me venham comparar esse espisódio com a Copa de 70 e o uso político que os militares brasileiros fizeram do escrete canarinho comandado por Pelé. Se o Brasil tivesse perdido a Copa, os jogadores não apanhariam, por exemplo.

Por que quase ninguém fala isso na imprensa? Por que quase toda a hierarquia da grande mídia brasileira, de cima a baixo, é visceralmente compremitda com a ideologia socialista que dita o regime cubano.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

A grande diferença entre Caco Barcellos e o jornalismo sério

Na minha mui humilde opinião, um jornalista que escreve um livro dizendo que a ROTA foi criada especificamente para matar gente inocente não é um jornalista sério. É apenas um panfleteiro, na melhor das hipóteses.

Analisemos o seguinte trecho do verbete da Wikipédia sobre Caco Barcellos:

É o autor do livro Rota 66, que lhe custou oito anos de pesquisa, muitas noites de insônia e várias ameaças e que fala sobre a polícia que mata em São Paulo. A investigação levou à identificação de 4.200 vítimas, todos jovens e pobres, mortos pela Polícia Militar de São Paulo. Depois do lançamento do livro, Caco passou um período fora do Brasil, pois sua vida corria risco - o livro irritou profundamente algumas esferas, sobretudo a dos coronéis da polícia militar.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caco_barcellos

Agora, venha cá: Caco Barcellos escreveu esse livreco por doer-se por 4.200 supostas vítimas inocentes da "malvada" ROTA, o "esquadrão da morte" da PM paulista. Quem me garante que essas 4.200 pessoas não tinham "capivara", ou seja, não tinham antecendentes criminais?

Além disso, façamos o seguinte cálculo: em 8 anos de pesquisa, Caco levantou 4.200 pessoas supostamente inocentes mortas supostamente pela polícia no Estado de São Paulo. Num único ano, no Brasil inteiro, morrem nada menos que 50 mil pessoas vítimas de crimes de morte - homícidios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte etc., o que aliás é um record mundial, levando-se em conta que o Brasil é um país cuja população civil, na prática, é desarmada. Pois bem: 50.000 X 8 = 400.000.

Você entendeu esse cálculo? Se não, explico: a cada 8 anos, base "barcellar" de estatística, 400 mil cidadãos absolutamente inocentes são assassinados por bandidos. Por acaso, até hoje, Caco Barcellos ousou escrever um parágrafo a esse respeito? Que eu saiba, não.

A mensagem está dada...

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

A crise e suas vacas magras

A crise econômica mundial inaugurou um período de vacas magras na economia do planeta. Porém, você sabe de onde vem a expressão “período de vacas magras”?

Essa expressão tão famosa vem do livro-base da civilização ocidental: a Bíblia. No capítulo 41 de Gênesis, o sábio José, filho de Jacó e patriarca de uma das 12 tribos de Israel, foi convocado pelo Faraó de então para interpretar um sonho cujo simbolismo o intrigava profundamente. Disse o Faraó: “Eis que eu estava em pé às margens do rio Nilo e havia 7 vacas gordas pastando; logo depois, surgiram 7 vacas magras que devoraram as gordas mas continuaram magras como se nada tivessem comido”.

José, que possuía o dom, dado por Deus, de interpretar os sonhos, fez a seguinte análise do intrigante sonho do Faraó: “As 7 vacas gordas representam 7 anos de fartura, e as 7 vacas magras representam 7 anos de fome. Faraó, administre a economia do Egito com prudência, armazenando mantimentos em grande quantidade para que quando forem chegados os 7 anos de fome, você possa vender a comida aos egípcios e aos estrangeiros”.

Assim, o Egito tornou-se o grande provedor de comida do mundo da época. Aliás, podemos fazer o seguinte paralelo com a realidade brasileira atual: o governo brasileiro mantêm a mesma política econômica desde há pelo menos 15 anos, o que demonstra que a conduta do Ministério da Fazenda está sendo estritamente técnica, ou seja, acima de rivalidades partidárias. O Ministério está administrando nossas finanças e reservas com prudência e visão de longo prazo. Portanto, agora que estamos no limiar do século XXI, o século do Brasil, nosso país será o grande provedor de comida do planeta, imperando como salvo-conduto das demandas nacionais e estrangeiras, tanto do terceiro quanto do primeiro mundo.

domingo, fevereiro 15, 2009

A questão da reeleição

Desde o advento das democracias modernas do Atlântico Norte, a reeleição sempre gerou polêmica por permitir a prorrogação dos mandatos eletivos, o que geralmente acaba enfraquecendo a oposição. É muito mais fácil defender a prática da reeleição no primeiro mundo do que em países sub-desenvolvidos como Brasil e Venezuela, por exemplo, pois nesses dois casos, o risco de o presidente reeleito virar um ditador eleito é muito grande, mormente na terra de Chávez.

Por falar na reeleição presidencial, pouca gente sabe, mas é bom que se diga que até os Estados Unidos foram afetados pelo exagero, pois o presidente democrata Franklin Delano Roosevelt governou o país por 4 mandatos e só saiu da Casa Branca literalmente morto. Ao final do seu mandato, foi aprovada a 22a Emenda Constitucional, que determina que o presidente só pode ser reeleito uma vez. Aliás, outra coisa que pouca gente sabe é que o próprio George Washington, primeiro presidente dos Estados Unidos, foi reeleito duas vezes, mas abdicou do terceiro mandato "para não dar mau exemplo".

No caso da presidência brasileira, a República Velha não permitia a reeleição presidencial, muito embora isso fosse café-pequeno perto do fato de que, naquele período institucional, as eleições presidenciais eram fragorosamente fraudadas para garantir a perpetuação no poder ora do PRP (Partido Republicano Paulista), ora do PRM (Partido Republicano Mineiro), às vezes com candidatos que não eram nem mineiros nem paulistas, como foi o caso de Washington Luiz, o famoso "Paulista de Macaé".

Um outro aspecto a ser levado em consideração é o fato de que a única república presidencialista do primeiro mundo são os Estados Unidos, cujos Pais Fundadores tanto temiam que os presidentes virassem "reis eleitos". Já no Canadá e no outro lado do Atlântico Norte, os eventuais solavancos institucionais causados pela reeleição de governantes autoritários são amenizados pelo fato de o poder dos presidentes e/ou primeiros-ministros ser amplamente limitado pelo Poder Legislativo, detalhe típico do parlamentarismo, tanto republicano quanto monárquico.

Um outro tipo de reeleição que virou uma farra aqui no Brasil foi a reeleição parlamentar - senadores, deputados federais/estaduais e vereadores. A coisa funciona da seguinte maneira: se um parlamentar de qualquer dos 3 níveis tiver um "curral" eleitoral garantido, ele só sai do parlamento se for cassado ou morrer, pois não há limite, pelo menos aqui no Brasil, para reeleições no Poder Legislativo. O caso mais célebre é o do ex-deputado federal Ulysses Guimarães, que só saiu da Câmara literalmente morto.

No tocante à presidência brasileira, a reeleição é tão estranha à nossa tradição republicana que foi necessário que Fernando Henrique Cardoso passasse essa emenda constitucional a duras penas, talvez até comprando muita gente no Congresso. Ademais, agora que a porteira foi aberta, dificilmente a reeleição presidencial será revogada, pois todos os presidentes, uma vez no poder, vão querer se reeleger.

Em suma: a reeleição, principalmente a presidencial, é uma das provas-de-fogo para as jovens democracias do terceiro mundo.

A reeleição infinita de Hugo Chávez

No dia 12, durante um mega-comício, Chávez disse: "A partir de domingo, o povo, e não o tempo, colocará e tirará governos."

Existem duas coisas sem as quais não há democracia: rodízio de poder e temporariedade dos mandatos eletivos; uma coisa depende da outra. Portanto, é necessário que seja determinado um limite de reeleições, pois sem isso, os cargos outrora temporários acabam se tornando quase que vitalícios, o que impossibilita o rodízio de poder.

A Folha errou ao afirmar que "a Assembléia Nacional da Venezuela possui maioria chavista", pois a oposição não possui nenhuma cadeira no parlamento.

A oposição está criticando a vulnerabilidade das urnas eletrônicas, pois o Conselho Eleitoral da Venezuela está, pelo menos em parte, no bolso de Chávez. Porém, em vez de incentivarem o boicote às urnas, as principais lideranças da oposição estão instando a população oposicionista a votar, pois trata-se de uma chance sem precedentes de parar Chávez pela via democrática.

A novilíngua da Folha de S. Paulo

Freqüentemente, a nomenclatura usada pela Folha para classificar as coisas parece uma novilíngua. Na edição de 14 de fevereiro, a Folha chamou Fidel Castro de "ex-ditador" (sic). Mas, ora, que diabos é um "ex-ditador"? Desde quando isso existe?

A bem da verdade, a situação atual da ditadura cubana é a seguinte: Fidel é o "ditador honorário" e Raúl é o "ditador em exercício". Aliás, Fidel só será um "ex-ditador" quando "bater com as dez".

domingo, fevereiro 01, 2009

A era da capacitação

Recentemente, lembrei-me das estultices vociferadas por uma professora sobre a qual já escrevi no meu blog - um trubufu petista que dava aulas de geografia e freqüentemente falava besteiras homéricas sobre assuntos referentes à informática, à internet, à automação, enfim, ao progresso tecnológico. Certa vez, ao falar de um documentário televisivo que havia visto sobre navegação, ela proferiu a seguinte asneira:

"Antigamente, os marinheiros faziam tudo ´na raça´, mudando os navios de uma direção para outra ´no muque´. Já hoje em dia, está tudo automatizado. Basta o sujeito apertar um botão no computador que ele faz tudo sozinho".

Sobre essa declaração da ilustre propedeuta, digo o seguinte: se, por um lado, a navegação de décadas atrás dependia da força bruta, por outro lado, a informatização das embarcações não transformou o computador num Mandrake que faz tudo por conta própria. A bem da verdade, estamos no limiar da era da capacitação, em que a força bruta será cada vez mais substituída pela aplicação do conhecimento.

Os computadores que controlam as embarcações possuem softwares altamente complexos, que obviamente são elaborados por pessoas altamente capacitadas. Depois, esses computadores têm que ser operados por pessoas igualmente capacitadas, pois a operação de uma embarcação, ainda que informatizada, certamente requer especialização técnica de alto nível.

Esse comunossauro acadêmico era daqueles que acreditam que a automação seria uma espécie de facilitação vulgarizadora do conhecimento, mas eu jamais perderia meu tempo tentando desfazer esse mito construído na cabeça desse exu lulista, pois desse mato não sai coelho...

Espécies do mesmo gênero

Certa vez, há alguns anos, eu estava conversando com a mãe de uma amiga minha sobre coisas relacionadas à informática e à internet quando, num dado momento, ela, que já está com quase 70 anos, disse que a minha geração não lê, pois só fica no computador. Discordei argumentando que a leitura no papel e a leitura na tela do computador são atos equivalentes, ou seja, são espécies do mesmo gênero, malgrado a diferença tecnológica entre as mídias. Nesse momento, ela insistiu e não aceitou minha explicação, dizendo que isso que se tem hoje não é leitura.

Esse fato me fez pensar na seguinte situação: qual a diferença entre fazer um cálculo num ábaco, numa calculadora ou na ponta do lápis? Apenas e tão-somente o meio usado para fazê-lo, pois a conta em si continua sendo a mesma. Porém, certamente, muitos professores de matemática que têm idade para serem meus avós devem achar que fazer contas numa calculadora não é calcular, por mais que se-lhes prove o contrário.

Infelizmente, a grande maioria dos idosos não possui clara nas suas mentes a noção de espécies e gêneros, o que faria com eles compreendessem perfeitamente que, na essência, ambos os atos supracitados - ler e calcular - continuam sendo exatamente os mesmos, não obstante quaisquer alterações tecnológicas dos meios usados para executá-los.

sexta-feira, janeiro 09, 2009

O PCC é uma "facção" criminosa?

Sempre me causou estranheza o termo pelo qual o PCC é designado pela mídia: "facção criminosa". Acontece que na minha cabeça, uma facção é uma divisão, uma ala interna interna de um grupo, uma parte de um todo, enfim. Aliás, uma das definições que o Dicionário Michaelis dá à palavra "facção" é:

"Grupo de conflito, geralmente pouco organizado e fluido, que marca a transição de um estado de desorganização para a reorganização da comunidade."

Você sabe muito bem que o PCC não tem nada a ver com essa definição, não é mesmo? A bem da verdade, o PCC é um todo, ou melhor, uma desgraça completa, e não uma parte de uma desgraça. Pode até ser que Marcola tenha criado o PCC como uma ala dissidente de uma malta já existente, mas mesmo se for esse o caso, hoje em dia o PCC é uma verdadeira multinacional do narcotráfico e do seqüestro, com escritórios que faturam milhões por mês e representantes comerciais em vários Estados brasileiros e países estrangeiros, além, é claro, da proteção por parte de muitos políticos e de muitos vagabundos profissionais das comissões e ONGs de direitos humanos.

Em suma, o PCC não é uma facção criminosa, e sim uma "empresa" que pratica concorrência monopolística e predatória metralhando seus concorrentes do ramo alternativo.

domingo, janeiro 04, 2009

Burocracia Vs. Heráldica

Finalmente A Tribuna se pronunciou sobre os dois brasões, embora tenha se esquecido de mencionar que eu havia levantado essa discussão através da Tribuna do Leitor. De acordo com a lei, não há dúvidas quanto à obsolescência do brasão da entrada do túnel Rubens Ferreira Martins. Porém, atentemos para as palavras do Sr. Antônio Carlos Silva Gonçalves - Secretário Municipal de Obras e Serviços Públicos:

"Teremos que fazer uma consulta ao Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa), devido ao nível de proteção histórica em que o túnel se enquadra".

Pelo que me parece, o Secretário quis dizer que, dependendo da burocracia, o brasão do túnel Rubens Ferreira Martins poderá continuar a ser o obsoleto, e não o atualizado, ainda que a nova lei obrigue todos os órgãos municipais a usarem o brasão atual.