terça-feira, maio 17, 2011

A maluquice da sociedade sem dinheiro

Na casuística ufológica, existem dois dados constantes que os abduzidos e/ou contatados fornecem quando expõem o que conversaram com os ETs: eles são sempre vegetarianos e não usam dinheiro. É uma coincidência muito estranha, pois é sempre assim.

Quanto ao vegetarianismo, eu, um onívoro convicto, acho isso, no mínimo, uma extravagância, pois o ser humano, na sua condição de animal, precisa consumir pelo menos um pouco de proteína animal. A humanidade faz parte da fauna! Quanto aos ETs não usarem dinheiro, aí já é outra história... Recentemente, assisti a uma palestra de um ufólogo peruano que contou a história de um iugoslavo que foi abduzido várias vezes, tornou-se amigo dos ETs e disse que no planeta desses seres não há dinheiro.

Quando penso numa sociedade sem dinheiro, a primeira pergunta que me vem à cabeça é: como o trabalho é remunerado? Além disso, eu só consigo imaginar uma sociedade sem dinheiro como uma tribo pequena estacionada na Idade da Pedra. Mais do que isso, para mim, não dá. Porém, o filho de um amigo meu, também peruano, é estudante de economia e me disse que a civilização inca era uma sociedade sem dinheiro. Fiquei pasmo, pois não consigo imaginar uma sociedade tão complexa quanto os incas sem capital.

A julgar pelo que o rapaz me explicou, o trabalho, por mais complexo que fosse, era sempre remunerado na base da permuta; confesso que não entendi direito como isso funcionava, pois o rapaz não foi muito claro na sua explanação.

Voltando ao ufólogo peruano, na parte final de sua palestra, o pesquisador, que deve ser católico, defendeu a Teologia da Libertação, que nada mais é senão catolicismo marxista, citou belas declarações de Fidel Castro e Che Guevara sobre como o mundo seria paradisíaco se o dinheiro fosse distribuído de maneira equitativa etc. No fundo, o cara é comunista. Só que tem um probleminha: Karl Marx defendia a divisão equitativa do dinheiro - até aí, tudo bem. Mas Marx jamais pregou a abolição da moeda, do dinheiro, do capital, ou como você queira chamar. No fundo, esse ufólogo é uma mélange "porra-louca" de comunista e anarquista que não gosta de dinheiro... ou diz que não gosta, pois certamente ele cobra pelos seus livros como ufólogo e pelo seu trabalho como professor da USP que é.

A maluquice da sociedade sem dinheiro é apenas mais uma das "porra-louquices" paridas pela mente delirante de gente que acha que tem o poder de consertar o mundo através de uma atitude simplista. Em suma, o mundo estaria bem melhor se não houvesse tanta gente tentando melhorá-lo por meio de "soluções" mirabolantes.

sábado, maio 14, 2011

Bolsonaro está parcialmente correto

Todos nós, ao termos filhos, desejamos ardentemente que eles sejam 4 coisas: heterossexuais, bonitos, saudáveis e inteligentes. Quem quer que negue isso é hipócrita.

Recentemente, o deputado federal Jair Bolsonaro, do PP-RJ, afirmou que ninguém gosta de ter filhos homossexuais. A bancada gayzista da Câmara dos Deputados ficou extremamente ofendida, mas o fato é que Bolsonaro está montado na razão.

O único exagero de Bolsonaro foi dizer que se o filho gay apanhar bastante ele vira macho. Isso é besteira, pois nem isso adianta para o filho deixar de ser gay.

Mais uma vez, Bolsonaro está certo mas tropeça no linguajar e na agressividade ao falar.

quarta-feira, maio 04, 2011

Os papéis fundamentais do Estado

No mês passado, estive na Colômbia e, quando em Bogotá, passei por uma manifestação de estudantes e sindicalistas que protestavam contra o projeto do governo colombiano de privatizar as universidades públicas.

Não sei se o governo colombiano realmente privatizou ou não. Só sei que neste caso específico, concordo plenamente com os manifestantes no que diz respeito aos papéis fundamentais do Estado. Explico: existe uma miríade de atribuições que o Estado, em países como o nosso Brasil, se dá mas que definitivamente não entram na categoria de "dever do Estado". Porém, devo confessar que se eu revelasse essa intenção do governo colombiano para alguns amigos meus, soi disant "liberais", eles ficariam em estado de Nirvana. Mas tem um detalhe: nesse ponto, a escola liberal clássica erra, e erra feio, pois eu, na condição de ex-liberal, devo dizer que existem 3 serviços que o Estado tem que fornecer aos cidadãos, e de boa qualidade: educação, saúde e segurança. Não faz o menor sentido reduzir o tamanho do Estado nessas 3 áreas. É burrice. É coisa de pessoas que, a bem da verdade, não são nem liberais, mas anarco-capitalistas.

A grande maioria dos liberais tem tanta ojeriza do Estado que eles mais parecem anarquistas. O único ponto de divergência entre os anarco-capitalistas e os anarquistas clássicos é o fato de que os anarquistas clássicos costumam ser hostis à economia de mercado, preferindo, em geral e de maneira incoerente, uma economia meio que planificada, de tipo socialista; mas como fazer isso sem a existência do Estado?

Apesar de defender a redução do tamanho do Estado, eu não tenho raiva do Estado. Este é o ponto. E os ditos "liberais", na sua grande maioria, não conseguem pronunciar a palavra "Estado" sem rosnar...

Voltando ao foco do meu texto: uma coisa é reduzir o tamanho do Estado; outra coisa é pregar o não-Estado e negligenciar a educação pública, a qual, como eu costumo dizer, é um dos 3 serviços que compõem o que eu chamo de "tripé da sociedade justa".

Para os liberais (ou anarco-capitalistas) rosnarem bastante, aqui vai: não se constrói uma nação de sucesso sem educação pública de boa qualidade!