Certa vez, um amigo meu comentou que estava num shopping com um compadre que queria fazer uma compra numa certa loja. Ele contou que pouco antes de eles chegarem à tal loja, já perto dela, ele foi ao banheiro, e quando voltou, viu seu compadre na rabeira de uma fila tão grande que saía da loja e invadia o corredor. Nesse momento, meu amigo disse: "Isso aqui está parecendo país socialista: uma fila quilométrica para poder ser atendido! Parece aquela fila que se forma em Havana sempre que o governo distribui um sorvetinho num cone de papel-jornal para a população!" Então, uma senhora que era a penúltima pessoa da fila se virou para os dois e disse: "Alto lá! Se isso aqui fosse um país socialista, não haveria filas!" Ao que meu amigo retrucou, com toda razão: "Minha senhora, na verdade, se isso aqui fosse um país socialista, o que não haveria seriam lojas!"
Esse pequeno diálogo entre ele e ela numa fila de shopping demonstra como a propaganda socialista é eficiente, pois ela dá a entender que um país socialista é uma espécie de paraíso terrestre, uma sociedade onde não há filas, tudo é de graça, não há violência, o Estado garante a propriedade privada, as pessoas podem ter empresas, podem ir e vir livremente etc. Porém, a verdade é bem outra: para começo de conversa, numa sociedade socialista, a escova de dentes que está na pia do seu banheiro não é sua. É do Estado. A casa em que você mora não é sua. É do Estado. A vaca que pasta no seu quintal não é sua. É do Estado. Você até poder tomar o leite dela, mas se você a matar, a carne é confiscada pelo Estado. E assim por diante.
A propaganda socialista, tão exaustivamente difundida na grande mídia e nas escolas e universidades, dá a entender que o socialismo nivela as pessoas por cima, isto é, que todos são ricos e simplesmente não há pobres, enquanto que, na verdade, o que ocorre é que o socialismo gera não duas classes, mas duas castas, cujos padrões de vida são infinitamente desiguais: a nomenklatura - termo russo que designa a casta que mama nas tetas do Estado, e os "burros de carga": as pessoas que não são do governo e que trabalham para sustentar o Estado, e que correspondem a 99% da população.
Atualmente, o que mais me preocupa quanto ao socialismo é o seguinte: se por um lado o socialismo como teoria econômica é inviável, por outro lado, o socialismo como regime político é não apenas viável, mas intrinsecamente genocida. Assim sendo, eu pergunto a mim e a você: quantos milhões de pessoas inocentes, famintas e desarmadas serão exterminadas na próxima tentativa de implantação da pseudo-panacéia socialista?
segunda-feira, novembro 24, 2008
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