segunda-feira, novembro 24, 2008

A força destrutiva da propaganda enganosa

Certa vez, um amigo meu comentou que estava num shopping com um compadre que queria fazer uma compra numa certa loja. Ele contou que pouco antes de eles chegarem à tal loja, já perto dela, ele foi ao banheiro, e quando voltou, viu seu compadre na rabeira de uma fila tão grande que saía da loja e invadia o corredor. Nesse momento, meu amigo disse: "Isso aqui está parecendo país socialista: uma fila quilométrica para poder ser atendido! Parece aquela fila que se forma em Havana sempre que o governo distribui um sorvetinho num cone de papel-jornal para a população!" Então, uma senhora que era a penúltima pessoa da fila se virou para os dois e disse: "Alto lá! Se isso aqui fosse um país socialista, não haveria filas!" Ao que meu amigo retrucou, com toda razão: "Minha senhora, na verdade, se isso aqui fosse um país socialista, o que não haveria seriam lojas!"

Esse pequeno diálogo entre ele e ela numa fila de shopping demonstra como a propaganda socialista é eficiente, pois ela dá a entender que um país socialista é uma espécie de paraíso terrestre, uma sociedade onde não há filas, tudo é de graça, não há violência, o Estado garante a propriedade privada, as pessoas podem ter empresas, podem ir e vir livremente etc. Porém, a verdade é bem outra: para começo de conversa, numa sociedade socialista, a escova de dentes que está na pia do seu banheiro não é sua. É do Estado. A casa em que você mora não é sua. É do Estado. A vaca que pasta no seu quintal não é sua. É do Estado. Você até poder tomar o leite dela, mas se você a matar, a carne é confiscada pelo Estado. E assim por diante.

A propaganda socialista, tão exaustivamente difundida na grande mídia e nas escolas e universidades, dá a entender que o socialismo nivela as pessoas por cima, isto é, que todos são ricos e simplesmente não há pobres, enquanto que, na verdade, o que ocorre é que o socialismo gera não duas classes, mas duas castas, cujos padrões de vida são infinitamente desiguais: a nomenklatura - termo russo que designa a casta que mama nas tetas do Estado, e os "burros de carga": as pessoas que não são do governo e que trabalham para sustentar o Estado, e que correspondem a 99% da população.

Atualmente, o que mais me preocupa quanto ao socialismo é o seguinte: se por um lado o socialismo como teoria econômica é inviável, por outro lado, o socialismo como regime político é não apenas viável, mas intrinsecamente genocida. Assim sendo, eu pergunto a mim e a você: quantos milhões de pessoas inocentes, famintas e desarmadas serão exterminadas na próxima tentativa de implantação da pseudo-panacéia socialista?

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