Publicado originalmente em 26 de janeiro:
Certa vez, eu estava conversando com um colega meu de faculdade sobre a possibilidade de o Brasil ingressar na ALCA, apresentando-lhe argumentos que mostram que nós brasileiros só teríamos a ganhar, quando, de repente, ele começou a bradar argumentos absolutamente emocionais como, por exemplo: "Mas os americanos são arrogantes!" e "O Brasil não pode se curvar aos Estados Unidos!", como se a ALCA fosse comandada pelos americanos, quando, na verdade, quem entende o mínimo de liberalismo (certamente não é o caso deste meu colega) sabe perfeitamente que numa área de livre-comércio, não há comandantes nem comandados, mas apenas parceiros e competidores francos.
Depois de uns 5 minutos de debate, eis que meu colega profere a seguinte pérola, nitidamente eivada de anti-americanismo patológico: "Nós temos que fazer negócios não com os Estados Unidos, mas com a China! Você vai ver! Daqui a 30 anos, a China vai mandar no mundo, e o Brasil vai ser um grande sócio do crescimento econômico promovido por ela!" Esse meu colega é contra o suposto "imperialismo ianque", mas se o imperialismo for chinês, tudo bem. Aí pode.
Enfim, de tudo isso, meu colega só se esqueceu de um detalhe, importantíssimo, por sinal: quem disse que o Brasil pode esperar 30 anos para crescer?
sexta-feira, julho 28, 2006
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3 comentários:
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