sexta-feira, julho 28, 2006

O paradoxo do social-carolismo

Publicado originalmente em 20 de janeiro:

É extremamente lamentável, apesar de absolutamente compreensível, a penetração do pensamento comunista não apenas nas universidades, mas também nas escolas brasileiras. Digo isto com conhecimento de causa, pois cursei meu ensino médio num colégio que, apesar de não ter vinculação direta com a Igreja Católica, não era de todo laico, pois leva o nome de um papa e seu dono é um católico fervoroso. Perto da secretaria e da sala dos professores, havia um pequeno altar com imagens de santos e um crucifixo com a imagem de Jesus Cristo nele pregado. Inclusive, havia um professor que, quando abordava os malditos "temas transversais", um projeto da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo que permite que professores fracos em suas matérias se destaquem falando asneiras sobre assuntos que não têm absolutamente nada a ver com as matérias que lecionam, abordava questões de cunho religioso ad nauseam. Lembro-me de uma professora de história, com "H" minúsculo mesmo, que empreendia ferozes e periódicos ataques à Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, sem nem se importar se havia algum fiel na sala de aula. Não sou fiel da Igreja Universal, mas sempre achei o fim da picada que os professores criticassem abertamente esta ou aquela instituição religiosa sem ponderar prós e contras e fazendo acusações levianas sem base em prova alguma. Lembro-me que minha professora de biologia se dizia kardecista, mas era petista. Como pode alguém adorar a Deus e ao Estado ao mesmo tempo?

Certa vez, durante uma aula, minha professora de português desviou-se totalmente da pauta do dia e começou a divagar sobre questões religiosas. Num dado momento, eis que ela proferiu a seguinte pérola: "Eu concordo plenamente com Karl Marx quando ele diz que ´a religião é o ópio do povo´, pois o fanatismo religioso pode levar as pessoas a fazer coisas terríveis, como, por exemplo, matar em nome de Deus". Hoje, anos depois de ter ouvido esta frase, concluí que minha professora relativizou descaradamente esta nefasta máxima marxista, pois Marx claramente não se refere ao fanatismo religioso, como disse minha professora, mas à religião em si. Marx era um anti-religioso e pregava a adoração ao deus-Estado. Tal relativismo moral abre caminho para uma série de atos de desonestidade intelectual, como a comunização dos mais diversos setores da sociedade, dentre eles quatro principais: a mídia, as escolas (desde o jardim-de-infância até a universidade), o meio artístico e as igrejas.

Antonio Gramsci, intelectual e ideólogo marxista, verdadeiro gênio do mal, autor dos famigerados "Cadernos do cárcere", dizia que o aparelhamento do Estado é uma mera conseqüencia do aparelhamento das demais esferas de poder da sociedade, dentre estas aquelas quatro supracitadas. A estratégia gramsciana é um mix de doutrinação subliminar e relativismo moral, combinados de maneira simbiótica com vistas à tomada do poder de Estado e do totalitarismo do pensamento único.

Por falar em pensamento único, lembro-me também que quando cursei o ensino médio, até meus professores de inglês eram anti-americanos, e até minha professora de biologia era uma verdadeira traficante de influência a serviço do comuno-petismo. Com uma base escolar como essa, não é difícil entender porque os partidos e demais organizações de esquerda têm tantos seguidores jovens, às vezes até pré-adolescentes. Como exemplo de doutrinação gramsciana precoce, um conhecido meu certa vez me relatou que as professoras primárias de um tradicional colégio católico da cidade de São Paulo, no qual sua filha estudava, levavam seus alunos de 7, 8 anos para fazer visitas periódicas a acampamentos do MST! Nos dias dos "passeios", ele proibia sua filha, então com 8 anos, de ir à escola. Na reunião de pais e mestres, ele, irado com o discurso socialista das professoras, discutiu rispidamente com a professora de sua filha, dizendo-lhe: "Por que vocês não visitam asilos, hospitais ou instituições de caridade? Vão às Casas André Luiz! Vão à Sociedade Pestalozzi! Vão à AACD! Mas não vão ao MST!" A professora de sua filha retrucou dizendo que ela havia faltado a todas as "excursões" ao tal "movimento social", e que se ela continuasse faltando, ela teria que reprovar sua filha por excesso de faltas. Então, ele disse: "Minha filha leva bomba mas não vai visitar MST nenhum! E tem mais: se você e as suas colegas continuarem fazendo propaganda socialista para crianças indefesas de 7, 8 anos, eu vou processar a escola!" Os outros pais ficaram horrorizados, olhando para ele como se ele fosse um monstro, quando, na verdade, monstros são essas "professorinhas", agentes de influência a serviço da CNBB de Geraldo Majella e D. Paulo Evaristo Arns! A pedofilia intelectual é apenas uma das estratégias de dominação socialista das mentes jovens e infantis.

Certa vez, Lair Ribeiro estava num programa de TV quando disse que o Ministério da Educação deveria acrescentar aulas de educação financeira ao programa das escolas de primeiro e segundo grau, para que os futuros chefes-de-família soubessem administrar o dinheiro e enriquecer. Infelizmente, as escolas brasileiras jamais incluirão tal matéria no currículo escolar, devido à legião de professores comuno-petistas, tanto nas escolas laicas quanto nas escolas religiosas, principalmente as católicas, pois a grande maioria dos sacerdotes do Clero brasileiro pertencem à ala mais esquerdista da Igreja Católica, mais conhecida como Partido da Justiça Social.

Eis o paradoxo dos social-carolas: adoram a Deus e ao Estado ao mesmo tempo, professando e pregando uma fé falsa, boçal e contraditória, que intoxica e envenena as mentes de milhões de pessoas, principalmente na América Latina, devido à hegemonia da Teologia da Libertação.

2 comentários:

Anônimo disse...

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