segunda-feira, outubro 02, 2006

O Estado de Minerva

Ao contrário do que os institutos de pesquisa alardeavam, haverá segundo turno na disputa eleitoral para a Presidência da República. Ao que me parece, eis que se manifestou mais uma vez o império da opinião publicada, aquele mesmo que ruiu quando da totalização dos votos relativos ao Referendo do Desarmamento, dando uma vitória acachapante ao Não em todos os Estados e no Distrito Federal.

Após a totalização dos votos para presidente em 25 Estados e no Distrito Federal, São Paulo foi o fiel da balança, ou, em outras palavras, o Estado de Minerva. O fato de São Paulo ser o Estado-chave das eleições presidenciais contribuiu para a confirmação do segundo turno. Para sorte do Brasil, Geraldo Alckmin saiu do Governo de São Paulo para concorrer à Presidência muito bem cotado pelo eleitorado paulista.

Não foram poucos os que disseram que Alckmin não conseguiria enfrentar a popularidade de Lula e levar a eleição presidencial para o segundo turno por ser famoso apenas no Estado de São Paulo, mas estes pessimistas não atinaram com o fato de que ser famoso apenas em São Paulo não é o mesmo que ser famoso apenas no Piauí, por exemplo. O Estado de São Paulo é, de longe, o maior colégio eleitoral do Brasil, com 28 milhões de eleitores, enquanto que o segundo maior, Minas Gerais, tem menos da metade, isto é, apenas 13 milhões de eleitores.

Assim como nas eleições presidenciais norte-americanas, em que a Flórida costuma ser o Estado de Minerva no Colégio Eleitoral, o Estado de São Paulo, cuja votação foi a última a ser totalizada, lançou um verdadeiro tsunami de votos pró-Geraldo, em oposição ao nordeste, em cujos 9 Estados Lula ganhou. Afinal, num país federativo, sempre haverá Estadões e Estadinhos, e sempre haverá Estados-chave que definirão os resultados eleitorais, como fiéis da balança nacional.

Sorte do Brasil que diante do impasse entre a reeleição e o segundo turno, São Paulo tenha sido o Estado de Minerva, encarregado de definir os rumos do País pelos próximos 4 anos. A partir de agora, se tudo der certo, Lula terá que enfrentar um verdadeiro triunvirato antilulista, composto por Geraldo Alckmin, Heloísa Helena e Cristóvam Buarque, uma frente ampla contra a reeleição do líder supremo do governo mais corrupto da história do Brasil, tanto republicana quanto imperial.

Antilulistas e antipetistas do Brasil, a sorte está lançada!

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho difícil a HH apoiar o Alckmin no segundo turno... mas vamos ter fé!

Sobre São Paulo, é o estado que mais produz no país, portanto é significativo o fato de estar com Alckmin e não Lula... eu sou um mineiro paulista com muito orgulho!

Abrçs.