sexta-feira, fevereiro 27, 2009

A grande diferença entre Caco Barcellos e o jornalismo sério

Na minha mui humilde opinião, um jornalista que escreve um livro dizendo que a ROTA foi criada especificamente para matar gente inocente não é um jornalista sério. É apenas um panfleteiro, na melhor das hipóteses.

Analisemos o seguinte trecho do verbete da Wikipédia sobre Caco Barcellos:

É o autor do livro Rota 66, que lhe custou oito anos de pesquisa, muitas noites de insônia e várias ameaças e que fala sobre a polícia que mata em São Paulo. A investigação levou à identificação de 4.200 vítimas, todos jovens e pobres, mortos pela Polícia Militar de São Paulo. Depois do lançamento do livro, Caco passou um período fora do Brasil, pois sua vida corria risco - o livro irritou profundamente algumas esferas, sobretudo a dos coronéis da polícia militar.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caco_barcellos

Agora, venha cá: Caco Barcellos escreveu esse livreco por doer-se por 4.200 supostas vítimas inocentes da "malvada" ROTA, o "esquadrão da morte" da PM paulista. Quem me garante que essas 4.200 pessoas não tinham "capivara", ou seja, não tinham antecendentes criminais?

Além disso, façamos o seguinte cálculo: em 8 anos de pesquisa, Caco levantou 4.200 pessoas supostamente inocentes mortas supostamente pela polícia no Estado de São Paulo. Num único ano, no Brasil inteiro, morrem nada menos que 50 mil pessoas vítimas de crimes de morte - homícidios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte etc., o que aliás é um record mundial, levando-se em conta que o Brasil é um país cuja população civil, na prática, é desarmada. Pois bem: 50.000 X 8 = 400.000.

Você entendeu esse cálculo? Se não, explico: a cada 8 anos, base "barcellar" de estatística, 400 mil cidadãos absolutamente inocentes são assassinados por bandidos. Por acaso, até hoje, Caco Barcellos ousou escrever um parágrafo a esse respeito? Que eu saiba, não.

A mensagem está dada...

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